quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

E havia um certo homem

E havia um certo homem
Que cria em não crer
Que se vangloriava em não saber
Que religiosamente, negou toda a fé
Cuja doutrina era a perene negação
De toda sombra sobrenatural
E havia certo homem
Que sonhou que era sábio
E incontaminado
Pela magia da religião
Pelos conceitos
De mitos pagãos
Pela ignorancia
De almas pobres
de espítos fracos
Que se deixaram convencer
Por sacerdotes do nada
Por pregadores de fadas
Num mundo de fanatismo
Arvorou ele a bandeira
De um coração sem fé
Porque a fé também
jamais existira
Havia certo homem
Cuja maior certeza
Era de caminhar sobre o nada
Porque o tudo veio a existir
Sem razào e sem causa
Sem ciencia de um criador
Porque tudo que se expressa matematicamente
Seja matéria, luz e energia
O foi por conta de cálculos indiscritivelmente belos
Sem que houvesse qualquer calculista
E que a própria matemática da vida
era uma mera abstração
E havia um homem
Sozinho e moribundo
Num universo de mistérios inexplicáveis
Que não lhe importou conhecer
E ele viveu sem tocar os anjos
E ele viveu sem enxergar
O Trono.
E ele não tremeu
Na expressão dos Querubins
E ele jamais sentiu a alegria
Que anjos que não existem sentem
Quando a salvação sob uma cruz inutil
Pendia de um morto, que na verdade
Também jamais ressuscitou.
E ele jamais entendeu porque chorava
A menina de nome Maria
Aos pés de um tosco jardineiro
No jardim da falsa ressurreiçào.
E ele não amou a Ester
Que caminhou num jardim sagrado
Porque nunca fora dado
A romances de ficção.
E havia certo homem
cansado e arrogante
Soberbo e endurecido
Cujo coração de pedra
jamais se tornou de um homem
E havia um certo homem
que na verdade
jamais viveu.
Porque na verdade o pobre homem
miserável homem
Sonhou que vivia.
mas não era verdade.
Como toda sua perspectiva
Isso também
Era somente
Ilusão.


Welington josé ferreira

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cumprimento de profecias para o ESTADO de ISRAEL

Desde a destruição de Jerusalém no ano 70, culminando com a dispersão do povo Judeu para todas as partes do mundo, conforme profecia Bíblica, a exemplo de Deuteronômio 28:64 – “E o Senhor vos espalhará entre todos os povos, desde uma até a outra extremidade da terra” (ler ainda Jeremias 16:15) – e, após a queda de Jerusalém no ano 70, pelo Império Romano, os Judeus espalhados em toda a terra profetizavam, declaravam em hebraico: BA-SHANÁ HÁ-BAÁH BIRUSHALÂIM = No próximo ano em Jerusalém. Passaram-se anos, séculos e a esperança profética era sempre repetida por causa das promessas que Deus fez a Abraão, a Isaque e a Jacó. A volta oficial do povo Judeu à sua terra aconteceu em 14 de maio de 1.948, cumprindo-se literalmente a profecia de Isaías 66:8. Tal convicção de esperança (Tikva) ficou em eminência no próprio Hino Nacional de Israel quando diz: Há-Tikva Bat Shenot Alpâim - “Esperança, filha de dois mil anos”. Diz Isaías 43:5-6 “Não temas, pois, porque sou contigo, trarei a tua descendência desde o oriente, e a ajuntarei desde o ocidente. Direi ao norte: Entrega; e ao sul: Não retenhas; trazei meus filhos de longe, e minhas filhas das extremidades da terra”. Quando nasceu o Estado de Israel, em 14/05/48, judeus de pelo menos 87 nações da terra regressaram a ÉRETZ ISRAEL (Terra de Israel).
01. ORIENTE: Da Índia, Afeganistão, Malásia, China, Iraque (antiga Babilônia). Só do Iraque uma comunidade inteira de 113.000 regressou a Israel em 1959, na operação aérea “Ali Babá” (Is. 60:8).

02. OCIDENTE: “Ajuntarei” - Uma seleção de judeus do ocidente regressou, enquanto outros permanecem lá apoiando Israel com suas finanças (U.S.A.).

03. NORTE: “Entrega” - Havia cerca de 3 milhões de judeus na União Soviética. Por uma ordem divina, eles saíram. Em 1990, milhares regressaram a Israel.

04. SUL: “Não retenhas” - DO IÊMEN, uma comunidade de 43.000 judeus iemenitas atravessou a Península da Arábia e chegou à Colônia Britânica de Áden, rumo à terra dos seus pais dizendo ter chegado a hora de partir.

05. UMA PROFECIA NO SÉCULO VII - um rabino profetizou na sinagoga que nos fins dos tempos, perto da vinda do Messias, eles retornariam. “Haverá um dia quando o Deus de Israel, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó nos levará de volta à terra prometida dos nossos pais”. E quando chegar o tempo, este será o sinal: “Ele nos levará de volta nas asas de um grande pássaro prateado”. Os britânicos deram instruções à Agência Judaica para fazer os arranjos para o seu regresso. Uma frota de aviões DAKOTA, de cor prateada, transportou a comunidade, na operação “TAPETE MÁGICO”, entre junho de 1949 a junho de 1950.

06. DA ETIÓPIA: Os judeus etíopes (FALASHAS), uma comunidade que data dos dias da Rainha de Sabá e que cresceu ao longo dos séculos partiu, impulsionada por uma mão invisível. Dois terços regressaram a Israel. Por serem de pele escura não foram logo aceitos pelos rabinos; porém, a disputa chegou ao fim, com a descoberta de sua verdadeira origem judaica.

07. ORIGEM DOS JUDEUS ETÍOPES - Tribo de Dã. Dan estava ao Norte, junto do Hermon e uma parte onde hoje é Tel-Aviv. Essa parte perdeu-se quando o Reino do Norte caiu. Os danitas desceram ao Egito, sul do Egito, entraram no Sudão, Sul do Sudão. No tempo dos faraós elefantinos serviram como soldados mercenários. Com a queda do reino elefantino, fugiram para a Etiópia. Na mistura com nubianos que se converteram ao judaísmo, tornaram-se mais escuros.

08. EXTREMIDADES DA TERRA - O povo voltou para Israel da Mandechuria e China, da Austrália e Nova Zelândia, da Rússia e Libéria, da Escandinávia, Grã-Bretanha, da América do Norte e do Sul, da Índia e da Ásia, da Pérsia e do Iraque.

09. A TERRA DE SINIM - “Eis que virão de longe, e eis que aqueles do norte e do ocidente, e aqueles outros da terra de Sinim” (Is. 49:12). Parecia um mistério este lugar. Em Hebraico moderno significa “A terra dos chineses”. A bela sinagoga do século XI, apresentada no museu da Diáspora, é da China. Em 1946, reuniram-se 30.000 judeus em Xangai, devido à guerra. Não sabiam para aonde ir. A maioria, em 1948, partiu para Israel.

10. O REGRESSO DO CEGO, DO ALEIJADO, DA GRÁVIDA E A DE PARTO. “Eis que os trarei da terra do Norte, e os congregarei das extremidades da terra, e entre eles também os cegos e aleijados, as mulheres grávidas e as de parto; em grande congregação voltarão para aqui” (Jr. 31:7-9). Da multidão que regressou após a II Guerra Mundial, muitos foram levados em macas: cegos e aleijados e tantos em condições de fraqueza física como resultado dos sofrimentos do holocausto. Crianças nasceram na viagem. A profecia em epígrafe se cumpria ao pé da letra.

Um dia especial e maravilhoso haverá para Israel aos olhos de todas as Nações: “E as Nações saberão que eu sou o Senhor que santifico a Israel, quando estiver o meu santuário no meio deles para sempre” (Ezequiel 37:28).

As Parcas

As Três Parcas
 
    As Fatalidades eram deusas que supervisionavam o destino na mitologia Grega. Os gregos antigos referiam-se a essas deusas coletivamente como Moirai. A mitologia romana chama-as de Parcas.   No entanto, as Fatalidades eram também descritas como individualidades por algumas fontes, e, de fato, há uma tradição onde as três deusas detinham a responsabilidade em vigiar o destino.
As Parcas são descritas por Hesíodo em sua Teogonia. Elas eram filhas de de Zeus e Themis e eram, por conseguinte, irmãs de Horae. Hesíodo também clama que elas eram filhas da Noite (Nyx) . As deusas eram:
 

1) Clotho: a roda da vida 2) Lachesis: a duração 3) Atropos: a inevitabilidade ou inflexibilidade
As deusas davam aos mortais a escolha do bem e do mal


    Na simbologia, as Fatalidades eram associadas a cada pessoa - e identificadas como um trio de mulheres, cada uma das deusas detendo uma corda de uma marionete, que era manipulada. Cloto selecionava a vida,  Lachesis media  a sua duração e Atropos cortava a corda, indicando o fim da vida.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O REFLEXO DE PROVÉRBIOS NO NOVO TESTAMENTO

Da Introdução "A vida em Provérbios"  
  Rev. Marcos Kopeska - Primeira Igreja Presbiteriana Independente de Marília-SP
1.     O REFLEXO DE PROVÉRBIOS NO NOVO TESTAMENTO

1.     Ecoando nos ensinos de Jesus
Há evidências de que o nosso Senhor Jesus amava o livro de Provérbios, pois fez amplo uso destes ensinos na Sua doutrinação prática. Vejamos alguns exemplos:

a)     Suas palavras sobre aqueles que procuram os primeiros lugares, quando convidados para banquetes. Mt. 23:6-7; Lc. 20:46,47), estão firmemente relacionados com Pv. 25:6,7

b)     A parábola do rico insensato (Lc. 12:15-20) está bem retratada em Pv. 27:1

c)     A parábola dos dois alicerces (do sábio e do néscio – Mt. 7:24-27) tem fundamento em Provérbios 14:11

d)     Na conversa com Nicodemos (João 3:13) Jesus revela a resposta da pergunta levantada por Agur em Provérbios 30:4

e)     Em Mt. 11:19, Jesus faz uma referência ao livro de Provérbios, comparado aqueles que não O reconhecem, nem à Sua mensagem, aos “insensatos” que estão em oposição aos sábios.

2.     Influenciando os conceitos do Apóstolo Pedro:
Parece que Pedro foi escritor do Novo Testamento que mais usou o livro de Provérbios em suas cartas, ou por ser íntimo de Jesus ou por suas possíveis leituras deste valioso livro. Compare:
·        I Pedro  2:17         com             Provérbios 24:21
·        I Pedro  3:13         com             Provérbios 16:17
·        I Pedro  4:8          com             Provérbios 10:12
·        I Pedro 4:18          com             Provérbios 11:31
·        II Pedro  2:22        com             Provérbios 26:11

3.     Contagiando os escritos doutrinários de Paulo
O apóstolo Paulo também cita e reflete Provérbios em suas epístolas. Compare:
·        Romanos 12:20     com             Provérbios 25:21-22
·        I Coríntios 1:24     com             Provérbios 8 (“Cristo, poder de Deus,
sabedoria de Deus”)

A resposta a Agur

No Livro de Provérbios um sábio de Edom, de nome Agur, amigo de Salomão, um dos co-autores do livro, talvez seu revisor, estabelece uma pergunta para as próximas gerações. Há algo que ele sabe, ou que seus pais ou avós transmitiram-lhe, há algo misterioso sobre eventos passados e também sobre coisas que aconteciam no presente, de caráter transcendente. Havia alguém ou haveria alguém que ligaria os céus à terra, que teria poder sobre todas as coisas, que transitaria entre dois mundos, entre duas realidades, que possuia um nome. Que possuia um filho.  Ou cujo filho seria a resposta. Um homem subiria da terra ao céu. Um único homem transcederia as limitações humanas, acessaria lugares celestiais. Há alguém seria permitido entrar onde anjos habitam, onde Querubins caminham, morada do próprio Deus vivo.




 Pv 30:4 Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?

"Se é que o sabes" é uma fórmula, um desafio. Desafio respondido mil anos depois, por um homem chamado João:

Jo 3:13 Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.



Jesus é a resposta ao enigma de Agur.

Porque Deus estava em Cristo, reconciliando consigo mesmo, o mundo.





















































quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Dragon Warrior Final



O Dragon, o coelho que enfrentou o Chuck Norris umas quatro vezes, foi chamado de volta ao seu povo, e partiu em direção a alguma galáxia desconhecida.


Adeus Dragon.

Welington

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

X moon

Bela esta sendo perseguida por Edward que acredita que ela se aliou ao Jacob e aos lobisomens para dar fim ao Clã dos vampiros, e perseguida por Jacob, que acredita que Bela agora é uma vampira. Numa estalagem fria os dois grupos se encontram, lobisomens e vampiros, deixando de lado as diferenças contra uma inimiga comum. Só que na estalagem fria havia um lobo muito pior a espreita de todos,
munido de garras de adamantium e muito, muito mal humorado...


Da Welington Corporation


X Moon


Pirate Moon

Bela é lançada no passado por uma passagem mistica na Reserva ìndigena de Jacob. Sozinha no passado, ela vai parar numa ilha deserta perto do Caribe.  Lá encontra um grupo de piratas chefiados por um homem chamado Barboza que a obrigam a entrar num velho navio chamado Pérola negra. E quando é jogada no calabouço do porão do navio, encontra finalmente alguém que poderá ajudá-la a voltar para sua época. Um pirata chamado Jack. Se conseguir antes, um pouco de rum. 

Pirate Moon


Da Welington Corporation


Death Moon

Bela está morta. De novo. Edward tenta se matar e não consegue, entrando em estado de hibernação
acordando cerca de 800 anos depois. No novo mundo ele acaba salvando a vida de um Jedi de
nome Anaquim e a partir dai é observado de perto por um certo império. Os Jedi tentarão treiná-lo,
mas o lado negro da força tem seus próprios planos para Edward.

Death Moon

Sa Welington Corporation

Beautiful Moon

Bela está morta. Em desespero Edward retorna até a cidade de Roma para se sacrificar junto ao conselho de vampiros, quando subitamente a cidade é atacada por máquinas alienígenas com capacidade de se transformar em qualquer coisa. Quando então encontra outra razão para continuar vivendo.


Da Welington Corporation

Questionário Bem Pessoal

  Questionário Bem Pessoal          
  Faculdade de Auto-Conhecimento Mediante Questionários Simples


 
  Favor resolver as questões abaixo assinalando com "X" somente uma das respostas relacionadas ao item. 
 




 
 




 
 




 
 




 
 




 
1- Você está linda demais



 
 




 
A É verdade concordo plenamente (            )


 
B Concordo, mas o verbo correto é "ser"  (            )


 
C As vezes eu venho assim, desleixada (            )


 
D Só agora que você percebeu? (            )


 
E Todas as respostas anteriores (            )


 
 




 
2- Esse teu vestido é maravilhoso



 
 




 
A Não! Tão simplezinho... (            )


 
B Eu tenho bom gosto (            )


 
C Você é perpicaz (            )


 
D Concordo também (            )


 
E E olha que não caprichei... (            )


 
 




 
3- A cor de seu cabelo é maravilhosa



 
 




 
A Demorou muito pra me dizer (            )


 
B Eu também acho (            )


 
C Concordo, acresceria lindo (            )


 
D Adoro essa cor (            )


 
E Não só a cor (            )


 
 
(            )


 
4- Você é um sonho



 
 




 
A Continua demorando pra declarar (            )


 
B Obrigado,  mas não sou sonho sou real (            )


 
C As vezes eu ouço isso (            )


 
D Diferente,  quando você abrir os olhos ainda estarei aqui (            )


 
E Todas as respostas anteriores (            )


 
 




 
 




 
 




 
             

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Magic Moon

Edward e Jacob estão mortos. Mesmo após ser transformada em vampiro, Bela está novamente em perigo, pois uma nova
clã vampiresca luta pela hegemonia. Fugindo por becos estranhos da velha Inglaterra, Bela é cercada por 200 vampiros num estranho lugar
chamado "beco Diagonal". Quando o fim era eminente uma voz grita: Expecto Patronum! E duzentos vampiros ficam cegos...

Da Welington Corporation

Magic Moon


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Das Profundezas

Das profundezas

Baseado em certa mudança de andar de antiga equipe de uma empresa brasileira...

A ata de reunião que decidia a mudança de andar da galera de estimativa de custos foi despachada perto da meia-noite. A tradicional reunião de reorganização anual do prédio em que ficavam os departamentos de Engenharia fora realmente, muito tensa. Três comitês e doze propostas foram agressivamente debatidas pelo grupo gerencial por quase três horas. A crescente taxa de ocupação do prédio, assim como as alegações de futuras demandas de pessoal, em função do crescimento exponencial da empresa, geraram a necessidade de soluções de alocação de gente realmente radicais. Para otimização de custos, o prédio também reunia, além de Servidores de Dados da empresa, vasta rede de laboratórios. Incluindo um especial de geologia das profundezas - Criado para estudos sísmicos - Resumindo a dita reunião, por apertadíssima votação, venceu a proposta de colocar a equipe de Estimativa ao lado do dito laboratório.
    O laboratório ficava cerca de 23 Km de distância. Linha reta em direção ao centro da terra.

Sim.
A vinte e três quilômetros de profundidade.
   
O gerente do setor de Estimativa de Custos tremia ao ler a ata de reunião. Uma secretária desmaiou com a notícia e um dos orçamentistas do grupo teve uma súbita queda de pressão arterial. O prazo para mudança era de três dias. O gerente ainda tentou negociar. A outra opção também não era muito vantajosa. A equipe não foi informada sobre a segunda possibilidade, mas não ousou perguntar em virtude do olhar aterrorizado do gerente setorial. 
    Às sete horas da manhã de uma quinta-feira, sete pessoas entraram com suas caixas repletas de papeis no elevador – 76 (Menos Setenta e Seis). Tinha um ascensorista que os olhou com muita compaixão quando o grupo, formado de três homens e quatro mulheres, entrou no elevador. “–76” significava: “setenta e seis andares negativos”.  A descida não demorou tanto quanto o esperado. A expectativa na abertura da porta do elevador era intensa, alguns engoliam em seco. As portas se abriram a setenta e seis andares abaixo da linha do solo. Havia ali um longo corredor e uma vasta rede de tubulações. As paredes eram absolutamente escuras, talhadas na rocha,  na maioria de sua superfície estava coberta por fina camada líquida e quente de água de estranho aspecto. No final do lúgubre corredor havia uma espécie de trem suspenso por grossos cabos. Possuía oito lugares. Certa voz metalizada solicitou que colocassem os cintos de segurança enquanto as cabines eram cobertas automaticamente por vidros esfumaçados. Os cabos tensionados começaram a tremer e com um impulso fenomenal o veículo começou seu movimento espectral. Para baixo e avante. Aos quatrocentos km/h a estrutura do bólido rangia como fosse se partir. Talvez fosse. Porém, suportou bem a desaceleração. Viu-se a plataforma que estava suspensa sobre um determinado abismo na primeira parada. As portas se fecharam após a passagem do pequeno veículo e um sistema de pressurização ruidoso entrou em funcionamento. Dois operadores da “Passagem para o Abismo” como eles chamavam a estação de transferência, vestidos com roupas especiais, para suportar altas temperaturas, recepcionou o a equipe desconfiada. O grupo vestiu também roupas especiais, monidas de capacetes transparentes que encobriam toda a cabeça, como escafrandos, enquanto ouviam uma assustadora palestra de segurança que os ensinava a utilizar o suporte de vida do traje, em caso de emergências. Certo alarme começou a ecoar e atrapalhar a palestra, mas o auxiliar de segurança da “Passagem” continuou sua dissertação como se nada estivesse ocorrendo. Foram conduzidos até um elevador de carga. Com porta pantográfica. Vestidos como astronautas desceram cerca de 800 metros até a passagem numero 2, onde um mecânico de manutenção os aguardava.  Passaram por centenas de tubos suspensos e uma nuvem de vapor os cobriu na entrada do “Mergulhador”. Mergulhador era o nome do veiculo que descia verticalmente até o setor 23. Tinha uma aparência estranha, com partes azuladas do metal, algumas tubulações de aço, doze eletroímãs espalhados com bobinas feitas por barras de buckypaper (vinte vezes mais forte que o aço). O fato é que o Mergulhador era basicamente uma liga de titânio e tungstênio. Os imãs serviam para acelerar, frear e impedir que veículo encostasse-se às paredes do túnel na hora de descida. As portas do veículo se abriram, mas ninguém ousou entrar. Até que ouviram a primeira explosão. Alguma coisa havia explodido, e o que quer que fosse fez a plataforma tremer. Assustados entraram e o veículo deu início, após travar as portas a seqüência de lançamento negativo. Uma das moças da equipe levou a mão à boca e disse:

- Acho que vou...

Não teve tempo de terminar a frase... O veículo abruptamente se deslocou. Então entenderam porque o chamavam de mergulhador.
Havia um termômetro digital que marcava 230 graus na parede do veículo. Uma das tubulações hidráulicas internas começou a vazar, quando o mecânico que estava a bordo começou a bater nos tubos com uma enorme chave inglesa. O marcador de pressão a esquerda chegou no vermelho quando as luzes de alerta próximas ao teto da cabina se acenderam. O ruído da desaceleração foi ensurdecedor. Havia janelas ou escotilhas que iniciaram a trincar à esquerda e a direita dos assustados membros da equipe. Então a porta de acesso abriu, e por um instante todo o interior da cabine se tornou avermelhada, no instante da pressurização...

São três horas da tarde. Sete pessoas assustadas saltam no primeiro andar enquanto o ascensorista do -76 lhes sorri, com oportuna afeição.  As caixas haviam queimado na abertura da porta do Mergulhador, por sorte o mecânico conseguiu reaver o comando do módulo... Uma das integrantes larga no chão uma caneta bic derretida.

O ascensorista sorri e lhes acena:

- Até amanhã!!!

Então, as portas do -76 se fecham.





Welington José Ferreira

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Katara!!!


Katara de Avatar (desenho animado)

Dobradora de água

 

 

Salmo 2

Certo filósofo romano disse ao imperador Adriano: “Nunca discuto com um príncipe que tem vinte e quatro legiões a seu dispor”. 


Salmo 2
O Homem Rebelde
Pr. João A. de Souza Filho
 
Introdução:
Não se sabe ao certo em que circunstâncias este Salmo foi escrito. Alguns intérpretes afirmam que Davi o escreveu quando os filisteus o atacaram (2 Samuel 5). De qualquer maneira Davi começa se referindo ao reino terrestre e, profeticamente alarga seu pensamento ao reinado do Messias.
A Companion Bible apresenta uma estrutura interessante para este Salmo.
1. Os primeiros três versículos dizem respeito a reclamação da humanidade em geral, contra o Senhor, o Ungido.
Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas. (vv 1-3).
2. Os versículos quatro e cinco mostram a reação do Senhor à decisão dos povos de quererem se livrar de Deus:
Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles. Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá.
3. Os versículos seis a nove falam do reino de Jesus Cristo:
Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro.
4. Nos versículo dez e onze, novamente o que dizem os homens:
Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor.
5. Finalmente, no versículo 121 o Filho aparece novamente trazendo juízo:
Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos os que nele se refugiam.
A estrutura do Rev W.L. Watkinson em Homiletic Commentary on the Psalms ajudará o leitor e pregador a fazer uma boa exegese do Salmo 2. O esboço que ele apresenta do Salmo está pronto para ser pregado.
I. Guerra Santa
A. O tamanho da revolta.
Nações, povos, reis e governadores (vv 1-2). O reino de Cristo sempre encontra oposição.
1) Em todas as nações quer judeus, gregos ou romanos.
2) Em pessoas de todo grau de autoridade, sejam reis, povos ou o populacho, todos tentam destruir a fé.
3) Por todas as gerações. Cristo foi rejeitado pelos seus (At 4.27).
B) A revolta se caracteriza pela determinação de apagar o seu nome da terra.
1) Deliberadamente. “Conspiram”.
2) Reúnem-se em conselhos para tramar contra Jesus Cristo.
3) Estão resolutos. “Levantam-se”.
A este respeito diz Mathew Henry: “Era de se esperar que uma bênção dessas para o mundo deveria ser bem-vinda e recebida com alegria; que todos os chefes imediatamente se curvassem ante o Messias, depositando suas coroas e cetros aos seus pés. Mas, acontece o contrário: Filósofos, príncipes e reinos levantam-se de forma tirânica contra o ensino e o reino de Cristo”.
C) A razão secreta desta revolta.
“Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas” (v 3).
Facilmente o mundo creria nas doutrinas bíblicas se estas não apresentassem nenhuma exigência; e o mundo toleraria a igreja se esta abandonasse seus ensinamentos.
D) A oposição que fazem a Cristo é em vão.
1) Pela irracionalidade dos argumentos. Por que os gentios se enfurecem contra Jesus? A todos os seus inimigos perguntamos: Mas, o que ele fez de errado?
2. Pela inutilidade da argumentação. “Imaginam coisas vãs”, diz o texto. Deus já declarou que seu Filho reinará e que colocará todas as coisas sob seus pés (vv 6-7). Com graça e harmonia o poeta vê Deus rindo da situação!
3. O salmista conclui:
a) Com um conselho: “Sejam prudentes!” (v 10). É melhor vocês se renderem a Cristo do que lhe fazer oposição. Certo filósofo romano disse ao imperador Adriano: “Nunca discuto com um príncipe que tem vinte e quatro legiões a seu dispor”. Todo poder é dado a Jesus Cristo. É melhor se render do que perecer no caminho (v 12). “Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó” (Mt 21.44).
b) Com uma direção: “Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos nele com tremor” (v 11). Temor, devido a sua grandeza e santidade; alegria, por seu amor e pela liberdade de servi-lo.
c) Com um convencimento: “Beijai o filho” (v 12). É melhor se submeter do que ser esmiuçado por seu poder!
II. O reino de Cristo.
Temos aqui uma narrativa do reino mediador de Cristo. Observe:
A) Sua soberania. “Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião” (v 6). O trono de Cristo é exaltado e elevado acima de todos os reinos do mundo.
B) Sua autoridade. “Proclamarei o decreto do Senhor” (v 7). A autoridade dos reis de Israel dependia da submissão ao governo de Deus. Os reis eram como pequenos deuses, ou filhos de Deus.
C) A universalidade do seu reino. As nações são todas dele, por isso as oferece ao filho: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão” (v 8).
D) A invencibilidade do reino. “Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro” (v 9). Moll, comentando o texto disse: “Os inimigos de Cristo pensam que o cetro de Cristo é um chicote, como nos dias de seu sofrimento. Mas, envergonhados um dia sentirão o peso do cetro de autoridade nas mãos de Cristo”.
E) A Graciosidade do reino. “deixai-vos advertir, juízes da terra” (v 10). O objetivo de Cristo é abençoar e salvar.
III. As forças antagônicas.
“Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos nele com tremor” (v 11).
A ciência descobriu que as leis do universo estão estabelecidas sobre forças antagônicas; o mesmo ocorrendo com as leis da vida cristã.
A) O texto tem dois sentidos:
1) Servir ao Senhor com temor. Existem o temor servil e o temor filial. Aqui é temor filial. Uma sensibilidade nobre, uma consciência cheia de expectativa, uma apreensão salutar, com “tremor”. “Com difidência – desconfiança. É o tipo de medo que uma pessoa tem de sua difidência de sua força e de seu poder”.
2) Alegre-se! Alegre-se no Senhor Deus. Mostre-se satisfeito, alegre e glorie-se em servir o Senhor.
B) Esses dois aspectos não são incompatíveis...
Temor a alegria parecem contraditórios. Forças, leis, fenômenos que aparentemente são contraditórios se complementam, como o oxigênio e o nitrogênio que se complementam.
C) São dois aspectos importantes no desenvolvimento da vida cristã. Devemos temer e nos alegrar.
Por que se reuniram povos e em vão murmuram as nações? Os reis da terra se posicionaram com os líderes que, secretamente, conspiram contra o Eterno e seu Ungido, dizendo: Rompamos suas amarras e nos livremos de suas cordas... com um cetro de ferro os esmagarás; como a um vaso de barro os estilhaçarás.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sobre afetos projetados

Já imaginou um universo dos afetos não transformados em poeira cósmica: Uma vida tão extraordinariamente teimosa que fosse capaz de transpor o tempo e o espaço pelo milagre de uma amizade verdadeira, ainda que o objeto de tal amizade fosse um coração inexpugnável? Se houvesse uma solução contumaz para gente sem solução. Imagine o poder de mudar pensamentos, de tornar o que você sente parte da essencia da pessoa que você ama. De permitir por alguns instantes ou até por semanas ou meses que tudo que existe em você pusdesse ser vivenciado pelo coração alheio. Cada dor, cada sonho, cada gesto, cada afeto visceral. Se fosse-nos dada a capacidade de lançar sobre outrem o sentimento interno, de projetar sentimentos, de modo que alguém os pudesse experimentar. O amanhã seria outro. Gente que se afastou de nós, viria correndo nos abraçar. Pessoas que não nos dão valor, venderiam seus bens pelo direito de estar do nosso lado. Se amassemos demais, claro. Porque quem não tem afeto nada poderia projetar senão seu próprio vazio, sua inquietação e sua continua solidão. Falo de compartilhar afeto, ou da capacidade de transformar outro coração pela capacidade de faze-lo pulsar no mesmo tom. Imagine perceber o que você representa, para outra pessoa, num dado momento. E perceber o pouco tempo que você lhe concedeu. No mundo dos afetos falsos, dos interesses burros, andamos e vivemos em meio a milhares que não nos são próximos, ou que por nós nada, absolutamente, nada sentem. E deixamos de nos aproximar de alguns, aos quais para os tais, somos como uma estrela que resplandece em cada amanhecer.
Que o amanhã se faça hoje, pra que estejamos cada vez mais próximos
daqueles que por afetos que nos foram dados,
temos o poder
de lhes aquecer os corações.
 
Welington