sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Amaldiçoa teu Deus e morre!


Berach Elohim Valmut


Vou descortinar um dos maiores mistérios das Escrituras.


Não se sabe quantos dias se passaram desde que as provações de Jó haviam começado, semanas, meses talvez. 
Repentinamente perdeu suas três filhas adolescentes, seus sete filhos, sua casa, suas plantações, seu rebanho, seus camelos, sua condição social e posicionamento junto a cidade onde habitava.  Tratado com desdém até por pessoas insanas que habitavam nos desertos.
E por fim perde também  a sua saúde.
Extremamente debilitado, ele definha à olhos vistos, diante da mulher que foi um dia a mais afamada, honrada, rica e talvez  mais feliz mulher de todo o oriente.
Sua esposa.
Não ouviremos sua lamentação ou seus gritos de dor na perda de seus filhos, ou na perda de suas posses.
Não a ouviremos no livro de Jó sequer sua (justa) lamúria pela tragédia que se abatia repentinamente,
sobre a pessoa que mais amara nesse mundo, seu esposo.
Perdera tudo, absolutamente tudo, compartilhando da mesma tragédia que seu esposo, tendo por única diferença a terrível enfermidade que lhe deformava a pele.
Chega contudo um instante em que não suporta mais tanta desventura e grita com as forças que ainda lhe restam para que de algum modo, aquele tormento interminável cessasse.

Desesperançada, desfalecendo diante de seus olhos a mais idônea pessoa que um dia conheceu,
num frêmito de ira, gritará com grande amargura, deixando suas ÚNICAS palavras nos 42 capítulos que retratam uma das maiores crises já vividas por um ser humano, desde que o mundo se formou.

Jó havia sido abandonado por todos, pelos amigos da cidade, pela população da vila local, pelos seus criados, mas não pela fiel companheira.
Mas a indignação dela tinha alcançado o limite humano.
O limite de uma mulher.

Então ela grita transtornada:

- Amaldiçoa teu Deus e morre!

Jó cabisbaixo, um farrapo humano se põe de pé e olha para sua esposa, exclamando logo em seguida:

- Você fala como se tivesse enlouquecido. Não recebi de Deus todo o bem? Não poderia também, receber todo o mal?

A alma de Jó é inquebrantável.
Ela sabia disso.  Teimoso como uma mula. Tão grande como sua idoneidade eram os seus ideais.
Sua esposa não irá reclamar da decisão de seu esposo de não amaldiçoar a Deus,  e vendo sua inabalável convicção,
Ela se cala. emudece.
Mas…ali permanece.

Mas...ali...permanece!!!!!



Começará  aqui a ser desvendado um dos maiores mistérios das Escrituras.

Três homens sábios virão de longe para se encontrarem com Jó trazendo em seu bojo tudo o que a vida lhes ensinou sobre Deus.

Por sete dias ficam calados diante da tremenda tragédia sem saber o que dizer.
Entretanto,  Jó tem muito a declarar.
Aquela palavra amarga de sua esposa causara algo dentro de sua alma.
E quando suas esperanças cessam, ele começa a exigir respostas de Deus.
Seus amigos não conseguem apaziguar seu coração. nada o consegue.
Eles tentam defender a justiça divina condenando os atos de Jó, mas é em vão.
Aquele homem jamais fez algo que o tornasse digno de tamanha represália da vida, do destino ou de Deus.
Quando Deus vem ao tribunal que Jó imaginou, após ter tomado os céus e a terra como testemunhas, pessoalmente, numa manifestação a que poucos seres humanos tiveram a oportunidade de ver, após defender-se do julgamento ao qual foi submetido por Jó, condenará as atitudes e palavras de seus amigos, péssimos consoladores e terríveis teólogos.
Deus não concordou com suas revelações, ou com suas tradições, com sua doutrina, com sua teologia. Eles fizeram afirmações erradas sobre quem ele era, à luz de suas religiões.
E ordenará a Jó que ORE e realize sacrifícios para que as transgressão de suas palavras  e de seus corações seja perdoada.


Contudo, não pede que seja feita qualquer intercessão pela sua esposa.
Ele não vê naquela que mandou amaldiçoa-lo,
CULPA.



Ele não a condena.
Ele não a repreende.
Ele não a exorta.
Ele, o Deus TODO PODEROSO,  que responderá veementemente a Jó,
silenciará diante de sua esposa.

Quando Jó é abençoado, quando suas posses voltarem ás suas mãos, o que já ocorria enquanto sofria, porque seus servos lutavam para reaver suas posses dos ladrões e salteadores que o haviam assaltado,
a mulher que fora a mais rica do oriente, retomará a sua posição junto ao esposo que jamais abandonou, sendo duas vezes mais rica que antes.
E a mulher que já gerara dez crianças, talvez de meia-idade, será rejuvenescida ao ponto de ter mais três filhas e outros sete meninos garotos.
Ela viverá com abundância e envelhecerá ao lado do esposo restaurado,
vivendo até ver seus netos e bisnetos.

Mesmo,
após ter amaldiçoado a Deus.

O que significa isso?

Quando ela vê que a relação de Jó com o Deus que ele adora e invoca está causando isso, após meses de sofrimento, chegou a uma conclusão.
Enquanto Jó permanecesse submisso, não haveria esperança.
Enquanto ele continuasse a viver na dependência daquele Deus, aos seus olhos agora, desprovido de amor, sem misericórdia, que mudara seu comportamento como se tivesse enlouquecido, Jó permaneceria sofrendo.

Ela então entendeu que o único meio de acabar com aquela agonia era se JÓ ROMPESSE OS LAÇOS QUE O LIGAVAM A DEUS.
Em sua mente ela viu que se DEUS o tratava como inimigo, mesmo Jó sendo por décadas seu sacerdote, quem sabe se Jó se tornasse seu INIMIGO, forçasse a um final, a um clímax daquela história nefasta.
Quem sabe Deus libertasse a Jó e ele morresse e se livrasse daquela maldição.

Ela preferia ver seu esposo morto a continuar sofrendo. Porque não conhecia que havia um outro modo. não conhecia o mistério da intercessão. de que poderia se posicionar contra o mal e contra aquilo que sua alma abominava, LUTANDO contra DEUS, mas sem que os laços fossem rompidos.

E é isso que Jó fará. Se levantará e reclamará, argumentará, dialogará, lutará por sua vida, pelo seu mundo, pela sua história. ele estenderá sua mão em direção aos céus EXIGINDO respostas como antes dele nenhum homem jamais o fez;

E Deus o ouvirá.

Assim como ouviu o lamento por detrás das duras palavras de sua esposa.

E tal coração não necessita de justificação (APÓSTOLO PAULO QUE ME PERDOE);
Não necessita ser interpelado.
Não necessita de repreensão.
Somente necessita ser contemplado.

Deus olhou para as chamas do altar que queimavam de indignação no coração daquela esposa.
E olhou para as chamas dessa indignação como um reflexo de seu próprio e inabalável coração.
O amor gritava em agonia no coração daquela moça. E a voz de seu coração ecoou no coração de Deus.
Assim como ecoou no coração de Jó.

Em dado momento no livro de Jó ele arde. Ele é como o fogo, ele queima, ele brilha. Ele
se levanta como um herói, ele fala coisas tremendas, e questiona a essência, a pessoa, os atos, a vontade, os desígnios e mesmo a eqüidade divina. E desafia a Deus a percorrer os caminhos
de sua humanidade, de sua mortalidade, de sua miséria. Desafia a Deus a deixar de lado seu Poder, sua Autoridade.
E defende-se diante das estrelas, da terra, dos anjos e dos homens.
Com a mesma brilhante chama que queimava incessantemente no coração de sua  amada esposa,
que cumpriu seus votos de não abandoná-lo, mesmo quando Jó se tornou um morto-vivo.

E Deus é conhecido como um fogo consumidor, é manifesto na sarça ardente que queimava sem se consumir, é visto pelos seus profetas assentado num lugar de onde mana rios de fogo.


E Jó queimava. Suas palavras eram como fogo, e de sua indignação também brotaram raios, como nas visões em que o Senhor vem assentado sobre querubins.

Jó trovejou. Assim como sua esposa.
E suas vozes misturadas ecoaram como um trovão no coração de Deus.


Diante de tamanha indignação Deus não reclamará o fato
de ter sido amaldiçoado…

Tomou para si suas DUAS brasas e as colocou de volta ao aconchego de seu coração.

Concedendo graça,
vida
e respostas.



Welington José ferreira.

Nota de rodapé na ausência de um rodapé.

A tradução literal disto é: abençoa Deus e morre. Ela utiliza o imperativo, (manuscrito do hb) que está relacionado a abençoar. A raiz é a mesma que para joelho. A bênção, na tradição antiga, era dada sobre o joelho. Acreditava-se que o sêmen ficava nessa parte do corpo (a palavra genealogia vem de geni = joelho). Não há na Bíblia a expressão amaldiçoe Deus.
Bom, se é assim, por que a palavra foi traduzida como amaldiçoe? Possivelmente, o que ocorreu foi que o redator do livro de Jó, por respeito ao nome de Elochim, não teve coragem de escrever a expressão “amaldiçoe Deus”, e usou “abençoe” como eufemismo.

Assim, ao invés da forma original e mais antiga do texto, qalal elohim vamut (amaldiçoa teu Deus e morre), surge a formabarak elohim vamut (abençoa teu Deus e morre). 
Os tradutores, percebendo essa adulteração intencional, retornaram ao que seria a forma original do texto.

Na imagem abaixo vemos o texto de Jó 2,9 em hebraico, onde a palavra barak (em vermelho=bênção) aparece ao lado da palavra elohim (em azul=Deus):

Essa forma, presente nos atuai
O copista das Escrituras não tinha a coragem de colocar QALAL (Amaldiçoa) ao lado de Elohim...risos...
Ou o mais macho dentre os homens foi a mulher de Jó.  Eu devia ter vergonha de colocar isso numa nota de rodapé.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Imagem e poesia - Cristo

जीवन मसीह के माध्यम से आयोजित किया जाएगा
और यह सभी के माध्यम से मृत
हमेशा के लिए जीने पुनर्जीवित किया जाएगा

Christ knows in his heart
For this reason, there will be dancing in the crowd
Abundant Life will be celebrated throughout India
Christ will be manifested through dance
You see God in each other,
Through tremendous love
Brilliant Love
Eternal love
Love-in-idleness
The mystery of Christ


Lhe foi proposta a sina de um homem
que segura os céus
com as mãos que Deus lhe deu


Queimava a alma
Como a floresta
Que incendiada
Ardia até ao chão


Apresentou-se como uma figura
Inimaginável...
...estar em tal lugar...


De uma força tão impressionante
Tão empolgado quanto
um Alazão


 Deixou-se solto,  mais inda fincado
 Sobre o chão da vida a que se apaixonou


E carregou nas mãos
a própria vida
E segurou nos braços
A atrevida
E lhe legou seu próprio
coração


E se importou, não tinha outra saída
Pois era grande em ser assim pequeno


E indignou-se as vezes,  a bagunça,
E revoltou-se com a consumação
De tanta gente que perdeu seu rumo
E de si mesmo também, reclamou


Mas não perdeu seu rumo em meio a vida
Diante das escolhas
Se importou
Não renegou o que lhe disse o Pai
Pois das escolhas uma era a melhor
De tantas portas uma era a certa
E porta errada só conduz ao erro
E o erro faz você perder seu tempo


E mesmo que não entendesse tudo...em algum momento,,,


Seria tímido ao esquecer da dor
Seria tido como um sonhador
Mas no oculto de seu coração
Sorriria...



Porque bem sabe
Em seu coração
Haverá dança
em meio à multidão


Porque a Vida será celebrada
Porque o mundo será transformado
Porque os mortos hoje soterrados
Reviverão!


Seja sabido hoje e eternamente
Que a dança foi feita pra celebrar
A aventura humana de viver
Mas que um dia ela prevalecerá
Porque um dia há de celebrar
Ressurreição!


Fiquem cientes, ó gente apaixonada!
Que mesmo o tango, não soará tão triste
Porque em breve, o ressuscitado,
Retornará!

Que saibam hoje, ó rincões da terra!
Que ouçam todos,
Porque assim será!
E o mistério que envolve a Vida
desvendará!


 Diante de nós!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sobre o tempo

Sobre o tempo




Não deixe que te separe o tempo
de quem você deveria estar amando
Por todos os dias
de sua breve ou longa vida.

Não deixe que o tempo determine,
distancia e o enredo
Zela,
pelos teus amigos
por tua família
pelas pessoas próximas

deixa que teu coração
lembre-se amorosamente
de tudo,
de todos,

fortalecendo as cordas
tecidas pelo infinito
Que não se rompam
Os cordões da amizade
por coisas pequenas

Que você não traga no bojo
de teu passado
Somente memórias vagas
Antes carrega contigo
Em direção de teu amanhã
Teus amores antigos
feitos de gente

Carrega, arrasta, aproxima e busca
esses amores antigos
feitos de gente
Enquanto o coração
teimoso
teimar
em viver.

Do not let the time you separate

who you should be loving

All the days

of your short or long life.


Do not let time determine,

the distance or the plot

fight

by your friends

of your family

and people nearby


let your heart

lovingly remember

all,

all,


strengthening the ropes

woven by the infinite

What does not break

The cords of friendship

over little things


What you do not bring in the bulge

of your past

Only vague memories

Before carrying with you

On the way to your future

Your old loves

made of people


Carry, drag, approach and seeks

these old loves

made of people

While the heart

stubborn

persist

to live


Welington José Ferreira








Imagens

- Companheiro. Pela ultima vez eu vou pedir com delicadeza que você me deixe passar....


- Fellow. For the last time I will ask you to kindly let me pass ....





- Esta é a última vez que visto essa fantasia de zumbi com vocês no Halloween...
- This is the last time I saw this costume on Halloween zombie with you ...


- A  gente já volta...


- Você sabe que eu sempre vou preferir o Kirk...



 - Essa coisa estranha flutua. Só consigo fazer isso com amarrado com uma fatia de pão amanteigado
amarrado nas costas...(Paradoxo do gato com pão com manteiga)


- Esse tombo vai se tornar um acontecimento histórico... 
This fall will become a historic event ...


- Ufa! Por hojé é só...

Von Trapp & The Sound of Music



Von Trapp é o nome da família de cantores austríacos, cuja história contada em livro pela matriarca Maria von Trapp, inspirou o filme The Sound of Music, que os tornou imensamente populares em todo o mundo.
Maria e o Comandante Naval Georg Von Trapp casaram-se em 1927, depois dela ser convidada pelo capitão para deixar o convento onde estudava teologia e era uma noviça, para ser sua governanta. Georg tinha sete filhos, do casamento ao qual havia ficado viúvo. Em 1935, Georg perde sua fortuna com a falência do banco austríaco onde estava depositada e a família, para sobreviver, começa a cantar profissionalmente.
Após se apresentarem num festival de música, o sucesso fez com que começassem a cantar em turnês pelo país. Em seguida à anexação da Áustria pela Alemanha nazista em 1938, o anti-nazista George fugiu com a família pelos Alpes para a Itália e de lá para os Estados Unidos, enquanto a mansão onde moravam em Salzburgo se tornava o quartel-general da SS de Heinrich Himmler.
Chamando a si mesmos de Cantores da Família Trapp, agora com dez crianças em vez de sete, três deles filhos de Maria e Georg, os von Trapp passaram a guerra se apresentando em concertos por todos os EUA e depois pelo mundo.
Documento de naturalização de Maria von TrappApós a guerra, fundaram a Trapp Family Austrian Relief, Inc., uma entidade criada para enviar toneladas de roupas e comida ao povo austríaco afundado na pobreza e na fome do pós-guerra.
Georg von Trapp morreu de câncer em 1947 e alguns anos depois a família se separou e Maria e dois de seus filhos foram ser missionários no Pacífico Sul. Ela voltou aos Estados Unidos depois de algum tempo e morreu em 1987 em Vermont, onde haviam se instalado desde a fuga da Europa, aos 82 anos.




quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Mas, foi viver uma vida completa.

Mas,  foi viver uma vida completa... 

"Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério, fazendo-a ficar de pé no meio de todos e disseram a Jesus: 
- Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? 

Mas Jesus, inclinando-se escrevia na terra com o dedo. 

Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: 
- Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. 

E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 

Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até os últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. 

Erguendo-se Jesus e não vendo ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: 
 - mulher, onde estão teus acusadores? Ninguém te condenou? 

Respondeu ela: - Ninguém, Senhor! 
Então, lhe disse Jesus: 
- nem eu tampouco te condeno; vá e não peques mais.

(João - 8: 3-11).


A legislação antiga era extremamente rígida com relação ao adultério. Todas elas. A penalidade máxima para um casal pego em flagrante ato poderia até mesmo ser a morte.
No caso da Lei Romana por exemplo:

O adultério (adulterium) verificava-se quando um homem, casado ou solteiro, mantinha relações sexuais com uma mulher casada. Se o homem tivesse relações com prostitutas ou escravas, estas relações não eram consideradas como adultério.
O adultério foi também alvo das preocupações do imperador Augusto, que em 17 a.C., através da lex Julia de adulteriis coercendis, procurou puni-lo severamente. O adultério passou a ser um crime público, quando até então tinha sido resolvido no âmbito familiar. O marido era obrigado a pedir o divórcio (caso contrário seria acusado de proxenetismo, lenocinium), dispondo de 60 dias para apresentar queixa contra a esposa adúltera. Em caso de inércia, qualquer cidadão poderia apresentar provas do adultério num período de quatro meses. Caso ninguém a denunciasse durante este período, a mulher não poderia mais ser perseguida.
Nos termos da lei, o marido poderia matar o amante da esposa caso o surpreendesse em "flagrante delito" e se este fosse membro dos estratos considerados pouco dignos (ou seja, se fosse um escravo, um gladiador, um actor, um bailarino ou um prostituto). O marido poderia ainda prendê-lo durante vinte horas, com o objectivo de poder chamar testemunhas. O pai da adúltera poderia matar a filha e o amante caso os apanhasse em sua casa ou na casa do genro, dado que se considerava que existia particular agravo em levar um amante para uma destas casas. Porém, não poderia matar apenas o amante, pois poderia ser acusado de homicídio.
As penas para uma mulher condenada por adultério eram a confiscação de metade do seu dote e da terça parte dos seus bens e o exílio para ilhas desertas, como a ilha de Pandataria (actual Ventotene). Era também obrigada a usar a toga e não poderia voltar a casar, assumindo o estatuto de probrosa (infame), o que a colocava ao mesmo nível que as prostitutas. No caso do homem, previa-se a confiscação de metade dos bens e o exílio para uma ilha (obviamente que não seria a mesma ilha para onde tinha ido a mulher com a qual tinha praticado o adultério); poderia ainda ser condenado ao trabalho forçado em minas.
Augusto aplicou as disposições desta lei na sua própria família, nomeadamente sobre a sua filha e a sua neta, ambas chamadas Júlia. Denunciou os vários amantes da primeira através de uma carta que dirigiu ao Senado romano (e que gerou um escândalo na altura) e mandou matar um deles, Júlio António, filho de Marco António, tendo Júlia sido desterrada para a ilha da Pandataria. Quanto à sua neta, foi igualmente enviada para uma ilha inóspita pela prática de adultério.


A lei Judaica era tão rispida quanto a lei romana.

Mas, os interesses da apresentação da moça expondo-a a publico nessa cena é tosca em todos os sentidos. Ela é irrelevante. Os religiosos que a levaram a presença de Cristo não estão interessados em qualquer instancia de justiça, defesa do casamento, resgate da honra, cumprimento da lei ou coisa que o valha. A menina é só um artificio, e sua captura uma armadilha. Descumprindo a lei o homem que com ela estava deveria ter sido trazido também a julgamento, e não ali, mas diante de um conselho jurídico chamado sinédrio. Propositalmente eles liberaram o homem que ali deveria estar sendo julgado também. A moça, talvez não pertencesse a uma família abastada, não tinha posses, não tinha como "subornar" a ninguém é levada com rigor, tratada com desprezo, tida como objeto sem valor diante do objetivo maior daquele teatro. Queriam destruir a reputação de Cristo. Queriam anular sua tremenda e eficaz sabedoria. Queriam mostrar que sua doutrina invalidaria as leis recebidas por meio de Moisés.
Quando o apertam para que cumpra a legislação, Jesus estabelece uma máxima que os destrói em absoluto.
Só pode executar uma pena tão grande, se os que a estivessem julgando não tivessem pecado jamais.
O eco de sua voz é absurdo dentro dos corações.
A vergonha é muito grande, o constrangimento é tamanho que eles não conseguem mais falar. Eles não conseguem mais se olhar nos olhos uns dos outros.
As pedras caem no chão. Como se cada um revivesse a memória dos erros de suas próprias vidas.
Como se cada um lembrasse de seus próprios dias de erro, no qual tiveram a sorte de não serem pegos em flagrante.
Talvez alguns já estivessem mortos a essa altura.
E vão indo embora,
Um por um.
Vieram em grupo, na multidão.
Mas vão embora, sozinhos.
Absurdamente sozinhos.

E o vento sopra sobre os cabelos embaraçados da moça de vestes rasgadas e rotas, que permanece em silencio, de pé, diante do Senhor da Vida.
Ela não vai a lugar algum. Não sabe para o que deve fazer.
O homem sábio que escrevia na terra diante de seus olhos a salvara da morte certa.
Somente há algo que ela não sabia.
É que diante dela havia um homem,
que jamais pecara em toda sua vida.

Jesus olha ao redor. Olha então para a moça quieta, absolutamente imóvel.
Ninguém havia falado com ela até aquele momento absolutamente nada.

- Onde estão os que te acusavam, moça?
- Foram embora. Não tem mais ninguém.

Então Jesus olha para ela e diz o que somente ela merecia escutar.
- Nem eu. Vai. Só procura não fazer mais isso.

E ela foi.
Condenada pelo pecador, absolvida pelo santo
e transformada por Deus.

E depois o que aconteceu não sabemos.
Mas,  foi viver uma vida completa. 
Deve ter sido uma vida parecida com o video abaixo...
Pra depois receber uma vida abundante.
Seguindo a Cristo


Carving the Mountains from Juan Rayos on Vimeo.

The old legislation was extremely strict with regard to adultery. All of them. The maximum penalty for a flagrant double act could even be death.
In the case of Roman law for example:

Adultery (adulterium) occur when a man, married or single, had sex with a married woman. If the man had relations with prostitutes or slaves, these relationships were not considered adultery.
Adultery was also the target of the concerns of the Emperor Augustus in 17 BC by the lex Julia coercendis of adultery, sought to punish him severely. Adultery has become a public crime, when they had hitherto been solved within the family. The husband was obliged to seek divorce (otherwise it would be accused of pimping, lenocinium), with 60 days to lodge a complaint against the adulterous wife. In case of inaction, any citizen could present evidence of adultery in a period of four months. If no one to report during this period, the woman could no longer be pursued.
Under the law, the husband could kill her lover's wife surprised if in "flagrante delicto" and was a member of this very worthy strata (ie, if a slave, a gladiator, actor, dancer or a prostitute). The husband could still hold it for twenty hours, in order to be able to call witnesses. The father of a stranger could kill her daughter and lover if the pick up in your home or in-law's house, since it is considered that there was disorder in particular to take a lover to one of these houses. However, not only could kill the lover, because it could be charged with murder.
The penalties for a woman convicted of adultery were the confiscation of half of her dowry and the third part of their property and exile to deserted islands, as the island of Pandataria (now Ventotene). He was also forced to wear the gown and could not marry again, assuming the statute of probrosa (infamous), which placed her at the same level as prostitutes. In the case of man, was for half the confiscation of property and exile to an island (obviously not the same island where he had gone the woman with whom he had committed adultery) could still be sentenced to forced labor mines.
Augustus used the provisions of this law in his own family, especially about her daughter and granddaughter, both named Julia. He denounced the many lovers of the first through a letter sent to the Roman Senate (and generated a scandal at the time) and he killed one of them, Anthony Julius, son of Mark Antony, Julia has been banished to the island of Pandataria. As for his granddaughter, was also sent to a barren island for the practice of adultery.


Jewish law was as harsh as the Roman law.

But the interests of the presentation of the sinful woman before Jesus, exposing it to public in this scene is rotten in every way. She is irrelevant. The religious that led to the presence of Christ are not interested in any instance of justice, or to defend the institution of marriage, or on the redemption of family honor, or enforcement of Jewish law or something like that. The girl is only an artifice, and his capture a trap. The Pharisees broke the law. The man who was with her at the time of adultery should have been conducted on trial, not there in that place, but before a council called the Sanhedrin legal. Purposely they released the man that there should be on trial too. Perhaps the girl did not belong to convicted a wealthy family, she had no possessions, she did not have the resources to "bribe" to someone. That's why she is drawn and treated with excessive severity, it is treated with contempt, taken as an object without match any value before the ultimate goal that "theater arranged." What was actually the Pharisees wanted to destroy the reputation of Christ. The Pharisees wanted to cancel his tremendous and effective wisdom . The Pharisees wanted to show that the doctrine of Christ invalidate laws received by Moses.
Jesus sets a precept that destroys at all when they constrain to fulfill the law.
They could run so great a shame, those who were judged not have any sin.
The echo of your voice is absurd within their hearts.
His shame is great, your embarrassment is such that they no longer speak. They can no longer look at each other's eyes.
The stones that hold in your hands fall to the ground.
It was as if each one of them remember the mistakes of their own lives.
As each day remember their own error, in which day had the good fortune to avoid being caught in the act. Maybe some of them were already dead at this point in time.
And they all gone,
One by one.
They came in groups, a large crowd.
But leave alone.
Absurdly alone.

And the wind blows on the tangled hair of the girl's clothes torn and routes, which remains silent, standing before the Lord of Life.
She's not going anywhere. Do not know what to do.
The wise man who wrote on the ground before his eyes had saved from certain death.
Only there is something that she did not.
Is that before her stood a man,
who never sinned in his life.

Jesus looks around. Then look for the girl still, absolutely still.
No one had spoken to her so far nothing.

- Where are those who accuse you, girl?
- Were gone. There's no one else.

Then he looks at her and says only that she deserved to hear.
- Neither do I. Move on. Only tries to do that anymore.

And she was.
Condemned by the sinner, absolved by the holy
and transformed by God.

And then what happened to her will not know.
But he lived a full life.
Must have been a life like the video below ...
To then receive an abundant life!
Following Christ

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pense, sobre o Éden

Pense!



E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?


E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.

E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?

Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.

E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.

Gênesis 3:9-13
 

Homens de todo a terra tremei.
Amanhece sobre a terra que Deus nos deu. Uma menina é deixada aparentemente só, diante de uma entidade de sabedoria de dimesnões desconhecidas, perversa e má, ser cujas origens se perdem na areia do tempo. Diante de um universo novo em todos os sentidos, absurdamente sobrenatural, ela aceita uma péssima opinião, uma desvalada mentira, que lhe entorpece e embota os sentidos, culminando em fazê-la desobeder a única lei divina, a única dada ao ser humano para ser obedecida.
Momentos após o ato profético, dividirá parte de seu erro e culpa com o homem,  que a aceita de bom grado.  Ele não questiona, ele só faz o que também é consciente de que não pode fazer. E que sabia antes de que Eva fosse criada. Ele não a repreende veementemente pelo seu ato de rebeldia, somente voluntariamente  participa do mesmo erro.
Então veio o momento da confrontação.
Porque o comportamento dos dois havia mudado, sua natureza mais íntima havia sido alterada. 
O primeiro a ser inquirido sobre como isso aconteceu é Adão. Ele delega a responsabilidade de seu erro com duas outras pessoas. "A mulher que (TU) me deste como companheira".  Numa só sentença lança a responsabilidade de seu ato em Deus e em Eva. E lança por na mesma frase por terra sua união, sua paixão, seu amor, seu grito de alegria - Ossos dos meus ossos!- com uma declaração que simboliza a plena rejeição. Ele não diz "minha mulher, minha auxiliadora, minha companheira ou minha esposa". É enfático. "A mulher que me deste". Como se dissesse: "não te pedi". E quando não diz a palavra "minha" é como se a rejeitasse. Porque quando ele a recebeu de Deus a primeira coisa que disse foi, "Minha". "Osso dos MEUS ossos".  Que ela fazia PARTE dele. Mas não agora. E ainda se omite, "ela me deu, ela me ofereceu e eu comi". O conceito de defesa por detrás disso é " Se ela não tivesse me dado, se ela não me tivesse oferecido, eu não teria aceito e nem comido".  Os olhos de Deus se voltam para Eva. Porque os dois enxergam a Deus de um modo como jamais compreenderemos.
"porque você fêz isso?"
Eva não possui mais ninguém a quem recorrer. Auqle que deveria ser seu socorro a abandonou. Auqle que deveria ser seu amigo a deixou sozinha diante de grave situação. E a deixou assumir sozinha a culpa que não era somente dela. E ainda lhe lançou no rosto que a rejeitava, como se melhor seria que ela não tivesse nascido, que nunca houvesse sido criada do que gerar aquela situação de desfecho imprevisivel. Seu único amigo a acusou, além de sua própria consciencia que queimava e que fêz com que se cobrisse e que se escondesse na floresta.
Então Eva olha pra Adão. Seu noivo, esposo, companheiro, amigo, que a deixou só.
O que ela vai dizer é a verdade. E o que ela não irá dizer é o segredo que foi guardado por milênios.
Ela não troca acusações. Ela não relembra a responsabilidade de Adão. ela não o acusa diante da eternidade. ela não tornará a lançar sobre Adão o peso que ele lançou sobre ela. Ela com muita dignidade omite qualquer acusação ao priemiro homem.
Com muita dignidade.
Quando ela assim o faz, demonstra algo que será lembrado para sempre diante da eternidade.
Para sempre a mulher foi dignificada quando se omitiu de acusar seu semelhante,
ainda quando seu semlhante, com ela,
não se importou.
Por isso salvação humana será originada da SEMENTE DE MULHER.
Por isso Jesus nascerá da virgem,
Por isso o homem não participará da geração do homem sem pecado.
Porque Deus vindicará a honra de Eva
Através de Maria.


Welington José Ferreira












 



 
 
 
 
 
 
 
 
O mistério da tentação do Éden é muito grande. Como nasce o pecado num ser em que ele não é natural? Adão não possuía concupiscência da carne, concupiscência dos olhos ou a soberba da vida, três classificações sobre certas operações espirituais do pecado na alma humana. Que significam respectivamente, fortes desejos (concupiscência) de obter satisfação e prazer (da carne), forte desejos de possuir o ilícito, aquilo que os olhos avistarem, aquilo que o coração assim desejar (dos olhos), e forte desejo de obter independência de Deus, obter a imortalidade sem compromisso, assim como o poder, a fama e a glória (soberba da vida).




Eva não possuía a natureza pecaminosa interna. Não existia também a influência demoníaca geral externa.



O primeiro contato entre a opressão maligna, o poder das trevas, foi a manifestação da serpente. Foi uma operação de prodigioso poder maligno. Satanás possui o aporte de conhecimentos sobre leis espirituais que regem a criação, acima da capacidade que possuímos apenas de listá-las. E se valeu de toda sua sabedoria malévola para atacar do modo mais o profundo o ser humano perfeito. E o fará mesmo sem que este tenha influencia interna ou situação externa que o constranja em direção ao pecado.



XXXVI



A abrangência da questão é: O que impeliu o ser humano á discórdia? O que foi tão forte e poderoso para conduzi-lo a inimizade? E porque Deus considerou de modo tão grave o agravo?





Gen 3:1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?



Gen 3:2 Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,



Gen 3:3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.





Gen 3:4 Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis.



Gen 3:5 Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.





Gen 3:6 Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.





Eva contemplou o universo. E a si mesma. E diante do mistério da existência, propôs interiormente DESVENDÁ-LO. Quis conhecer a RESOLUÇÃO DO ENIGMA, da vida.



Como Deus, faz aquilo que faz. E porque o faz. Porque ela, Eva, havia nascido? Porque era do jeito que era? Porque era diferente de todos os outros seres? Porque era diferente dos anjos? Quem, afinal de contas era Deus? E porque necessitava obedecê-lo? O que ele estava negando a ela e a seu marido? O que havia além daquilo que conheciam, além da vida?



XXXVII



Eva não estranha o fato de ter um animal falando com ela. Do mesmo modo que o feiticeiro Balaão sequer piscou quando uma mula fala com ele. O modo como o homem se relacionava com os seres vivos e como se comunicava com eles, era distinto do modo como hoje nos relacionamos com os animais. Era um mundo mais espiritual do que psicológico e o contato entre o homem e a natureza era mais íntimo, mais pleno, mais profundo do que o que hoje possuímos. Assim como seu esposo, Eva compartilhava do DOMÍNIO sobre as criaturas. Podia convocá-las. Podia chamá-las. Podia comunicar-se com a criação, de um modo especial.



O estranho é ela não perceber o aporte de SABEDORIA, uma capacidade muito além da comunicação usual entre ela e um ser vivo. Porém, num mundo FANTÁSTICO, esse senso do que é SOBRENATURAL para nós não existia. Diante de um universo de coisas inexplicáveis, diante da DESCOBERTA de coisas novas a cada dia, aquela seria uma a mais. EIS o DISFARCE perfeito. Poder das trevas, semelhante a algo natural. Doutrina maligna manifesta como se fosse mais um dia NORMAL dentro de um mundo ABSURDAMENTE MÁGICO.



XXXIX



Então Eva quis desvendar o enigma da vida. Entender a parábola. Conhecer como Deus, a TODOS OS MISTÉRIOS.

Os mistérios celestiais não podem ser conhecidos combatendo contra Deus. Quebrando suas leis.




O enigma que Eva quis resolver é apontado ou citado em I coríntios 13, ‘ainda que conhecesse TODOS OS MISTÉRIOS’, é manifestado até o Apocalipse e só é plenamente REVELADO em Cristo. Ele é o mistério oculto por TODAS AS GERAÇÕES – perceba a colocação indireta de Paulo - da PRIMEIRA (Adão e Eva) ATÉ A CHEGADA DOS QUE crêem.



O mundo tenta desvendar o segredo. A humanidade por milênios quis responder as razões de sua existência. Mas, do mesmo modo, agindo ILEGITIMAMENTE. Toda teoria humana que despreza a CRISTO como solução da parábola da vida, é uma vã tentativa de descobrir o enigma. O homem busca no ocultismo, na mágica, na ficção, na paranormalidade, na religião, no misticismo, na ciência suas respostas. Agem como Eva diante da árvore. Não há resolução válida, que não venha de uma revelação divina. De uma iluminação que venha de dentro do coração através da fé, que leva o homem a entender o mistério de Deus através de Cristo.



XL



Era um mundo sem demônios. Ou era um mundo em que os demônios não podiam intervir no curso da natureza humana ou na esfera biológica da terra. O primeiro encontro é uma manifestação. E demonstra um mundo oculto, escondido mesmo aos olhos do espírito humano, antes da queda. Já havia uma estrutura de poder. Ou ela iria começar a ser fundada. O pecado humano inaugura o inferno. O reino das trevas, principados, poderes, soberanias e controladores, já é pré-existente. E esse reino toma o universo, altera as suas leis, muda a biologia, transtorna a esfera da existência. A criação foi ocupada por poderes que se ocuparam num primeiro momento, de posicionarem-se, de ocuparem um mundo ainda despovoado. O primeiro grande domínio sobre a terra é sobre a flora e a fauna.



XLI



O primeiro encontro, então manifesta a primeira sessão mediúnica. É o primeiro e pior ato de satanismo humano. Uma conversa, um diálogo. Um bate-papo. Onde Satanás dissimula e propaga o CERNE de sua doutrina. Ele comunica uma mentira. Questiona o caráter de Deus, mais que isso DEFINE esse caráter como de um FALSO. Orienta a uma atitude de DESCRÉDITO, de desconfiança. Institucionaliza a desobediência como MEIO para alcançar aquilo que CONSCIENTEMENTE DEUS está negando ao ser humano, que é dar-lhe condições de SER IGUAL A ELE.



Não bastava a SEMELHANÇA. Tinham que ter a IGUALDADE. Todavia, como ser igual a alguém que é INCOMPARÁVEL?



Satanás diz de modo indireto que ele NEGA, QUE NÂO quer QUE TAL ACONTEÇA (sujeito egoísta esse tal de Deus). Alega indiretamente que ele SABE da existência de um ‘risco’, que estabelece um ‘erro’ uma ‘possibilidade’ de que UM ATO MÁGICO, uma atitude, ação ou gesto independente de DEUS, pode levar uma CRIATURA a se tornar IGUAL aquilo que Ele é. DEUS.



Esse primeiro encontro revela uma síntese do pensamento do inferno. Os parágrafos primeiros do manual da serpente.


- estabelece a magia - o ato mágico – como meio de atingir a auto-suficiência humana, a completa independência de Deus. Se posso ser igual a ele, não necessito mais de DEUS.


- estabelece como princípio para atingir tal objetivo a TRANSGRESSÃO da vontade de Deus.


- evoca a possibilidade da ‘ascensão’ da ‘evolução’ espiritual por meio ilícito.


- que esta evolução pode ser tão espantosa que pode levar um ser criado a ser tornar igual a divindade.


- formaliza a inimizade como padrão de relacionamento



- desautoriza a fé, como filosofia, como padrão espiritual de vida, atacando a crença na benignidade de Deus, lançando dúvidas sobre seus propósitos, destituindo a PALAVRA DE DEUS de sua autoridade. Já não é mais DIGNA DE TOTAL CONFIANÇA a palavra de Deus. O seu testemunho. A obediência dos pais era baseada na confiança, na gratidão, na esperança. Eles possuíam fé. Tinham alegria. É só lembrar de Adão recebendo Eva.



- Coloca a essência de Deus, e seus atributos invisíveis em xeque. Sua bondade. Sua benignidade. Sua JUSTIÇA. Satanás coloca de modo dissimulado uma acusação extrema e maligna. Ele não é CORRETO. Está agindo para proteger seus interesses divinos. Ele quer impedir VOCÊS de serem iguais a ELE e por isso MENTIU DELIBERADAMENTE. Há um senso interior de justiça no coração de EVA ao qual a acusação de Satanás encontrará seu ECO.
XLIV




Quando Eva é encontrada pela serpente ela estava só. A estratégia maligna era confrontar a mulher sem que contasse de apoio de ninguém. Adão estava TRABALHANDO porque essa era sua INCUMBENCIA, cuidar do jardim. A De Eva auxiliá-lo. Abraçá-lo. Era sua administradora.



XLV


Gen 3:17 E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida.


Por tua causa, maldita é a terra. Deus não condenou a Adão. Tão pouco amaldiçoou a terra. Não há verbo no hebraico que mostre tal coisa. É uma declaração de constatação. Deus está descrevendo uma triste situação. Narrando um fato. Anunciando uma conseqüência. Transmitindo uma realidade. Apontando um resultado. Maldita se tornou a terra e isso é culpa tua! Grande é a asneira que você cometeu.



XLVI



A queda humana foi terrível, em virtude dos poderes espirituais das trevas que engolfarão o mundo. Pela entrada da lei do pecado. Outro aspecto que não é só o homem e seus descendentes, nem só o mundo com sua diversidade biológica que sofrerá as conseqüências do ato de Adão, Todo o COSMOS será afetado. Isso caracteriza também um outra realidade.



XLVII



Quando Satanás faz EVA questionar a razão de sua vida, sua relevância no plano divino, sua posição em relação a Deus, força-a a raciocinar menosprezando aquilo que é. Ela se julga INFERIOR. Ela se DESCONSIDERA. Minimiza seu PRÓPRIO VALOR. E o poder de suas obras.



O que acontece mostra o contrário. A ATITUDE HUMANA FAZ DIFERENÇA NO CONTEXTO DA ETERNIDADE. Os reflexos da atitude humana dentro da constituição da existência são de tal monta, que um único gesto de desobediência, coloca em risco a própria existência. O valor instituído por Deus a VIDA humana é tamanha, que sua ATITUDE faz a diferença para toda a criação. Veja o PODER instituído a VIDA humana, um ser menor que um carneiro gordo e pouco maior que um cachorro velho, influenciou o destino do próprio universo.



Esse é um dos desdobramentos de sermos imagem e semelhança de DEUS. O ser que peca possui a imagem e semelhança divina e OS EFEITOS DE SEUS ATOS possuem a GRANDEZA desse reflexo.



XLVIII



Adão e Eva estão, aparentemente, diante de um terrível destino. Semelhantes a órfãos cujos pais acabam de falecer, seu futuro é absolutamente incerto. O seu mundo ruiu. Adão se escondia porque sentia o que jamais havia sentido antes. Medo e vergonha. E o medo será o TEMA dominante nesta aventura horrenda de viver num mundo TENEBROSO. Eles haviam perdido a ABUNDANCIA. A PROTEÇÃO DA CASA DO PAI. Sua POSIÇÃO. Nus e com as mãos nos bolsos da veste feita de peles (!!!), vão sem HERANÇA, estrangeiros em seu próprio universo. E não mais como donos ou senhores, mas como escravos do tempo, da fome, das estações, das limitações, da enfermidade, da natureza, do envelhecimento e da morte.



XLVIX



A perda da autoridade sobre todos os seres é patente. Nem uma barata respeitava mais a Adão. Um hamster não obedecia a um comando sequer. As baleias já não aproximariam das margens das baías se assim fossem convocadas



Havia mudança da condição também da condição da autoridade feminina. A perda de sua condição como administradora, para um novo arranjo de autoridade, em que o homem fora feito o principal, o chefe.



L



Mas, antes mesmo da saída, ainda dentro do jardim, diante da mesma ‘maldita’ árvore, o homem recebe a primeira porção de esperança, o primeiro trecho do EVANGELHO.



Gen 3:15 Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.





Essa é a SEGUNDA profecia dada ao homem, a que proclama a sua libertação. Ela é o enigma que uma vez resolvido, descortina o caminho para um lugar melhor do que o que Adão estava perdendo. A primeira dizia que ele iria morrer. A segunda que ela irá vencer.



LII



Quanto a COVARDIA do conhecimento prévio que Satanás possuía sobre realidades espirituais, temos algo a declarar. Ele sabia que a desobediência invocaria a profecia que operaria as trevas. Mas só revelou o que interessava a seus sinistros propósitos.



Anterior as trevas, existiam também outras fantásticas realidades proféticas. Nas quais os ‘caídos’ também estariam inseridos.



O futuro incerto, o mundo tenebroso, a perda do Éden, a perda da herança, a inimizade com Deus, como tais coisas estavam sendo TRATADAS NO CÉU NO EXATO MOMENTO DA QUEDA HUMANA?



No exato instante em que os olhos angustiados de Eva ainda avistavam o fulgor das espadas flamejantes nas mãos dos querubins, algo de BOM ocorria no céu.



Subindo ás esferas celestiais já avistaríamos o trono. Ele já estava lá. Assim como uma cidade de ruas de ouro. E um santuário. Um santuário celestial que é anterior a própria criação. O tabernáculo que será construído no deserto do Sinai milênios mais tarde foi mostrado a Moisés segundo um modelo celestial que já existia. Ao entrarmos no céu, ainda no dia da queda, veríamos um santuário e anjos com vestes sacerdotais nele ministrando. E avistaríamos as colunas que Jesus descreveu para João no livro de Apocalipse. Jaquim e Boaz, como eram conhecidas no templo de Salomão, conforme outro modelo que DAVI recebeu da parte de Deus. Que representam os VENCEDORES. Mesmo antes da queda Deus já PREFIGURAVA na ETERNIDADE a vitória da humanidade em Cristo. As coisas celestiais nos mostram um PLANO, UM DESÍGNIO, UM PROPÓSITO.



LIII



Nossos pais choravam enquanto caminhavam para um mundo sombrio. Mas, acima dos céus, havia um sinal, melhor, vários, que MANIFESTAVAM AOS OLHOS DE TODOS OS ANJOS, que Deus já queria ELEVAR O HOMEM A UM PATAMAR DE GLÓRIA. A uma condição de excelência.



Ou seja, nossos pais PECARAM EM VÂO.



A malignidade da serpente foi grandiosa demais. Satanás induziu o ser humano a alcançar DESONESTAMENTE aquilo que um dia seria dele POR DIREITO.



E COM QUEDA OU SEM, COM TRANSGRESSÃO OU NÃO, Deus continua HOJE nos céus representando essa vitória, porque sabia que RECURSOS seriam disponibilizados, e que ele, DEUS deixaria de lado seu descanso para TRABALHAR em favor daqueles que haveriam de herdar a salvação.



LIV



Perceba que a última mudança de dia citada em Genesis é até sábado. Num sexto dia do tempo da dimensão de Deus, que como já foi dito pode equivaler a um período de mil anos, foi criada a humanidade. Então Deus descansava de suas obras. Estavam no jardim no sábado profético. Não que os dias não corressem, ou que não houvessem tardes e manhãs. Mas era como se o tempo tivesse parado no sábado. A próxima vez que um dia de semana vai ser citado na bíblia é após o dilúvio. Então representava, por assim dizer, a época do descanso de Deus. Suas férias. E o hobby divino era passear no jardim pelo entardecer. Então acontece o ‘inesperado’. O problema. E Deus deixaria de lado seu descanso para trabalhar e trabalhar muito.



Isaias dirá um dia:



Isa 53:11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniqüidades deles levará sobre si.





E muitas ‘profissões’ Deus terá que exercer para redimir o homem.



Sacerdote. Profeta. Guarda. Mensageiro. Guerreiro. Mediador. Advogado. Servo. Capitão. Intercessor. Homem de dores. Até carpintaria.



Para que a humanidade que ainda nem nasceu direito tivesse alguma chance Deus teria que lutar para sua salvação.



Você não pode tirar um hamster da gaiola, voar até a selva amazônica e lançá-lo do avião em plena floresta, no meio da noite e esperar que SOZINHO a criaturinha enfrente as onças, jacarés, piranhas, porcos do mato, onças, jaguatiricas, e sucuris e retorne para contar sua aventura.



As portas do inferno foram abertas e os poderes infernais manifestos contra o ser humano. Maldição, enfermidade, morte são agora inimigos de dois adolescentes com fome e com temor em meio a um mundo cheio de magníficos animais CARNÍVOROS, numa porção geográfica que abraça todos os continentes, que só se separaram devido ao cataclismo chamado dilúvio, muitos anos depois.



Então não imagine que eles saíram sozinhos do jardim. Deus irá acompanhá-los, ainda que INVISÍVEL. Continuará presente e cuidará desses dois de tal maneira que hoje somos 6,5 bilhões de seres humanos.



A morte entrou na terra e a cobriu com seu manto de terror. E a fragilidade humana não impediu a BENÇÃO promulgada antes da queda.



LVII



Porque se Deus amava seus filhos, permitiu que saíssem do Éden, se esse EXODO forçado de um pedaço do céu na terra significaria a morte de milhões de famílias e o sacrifício de milhões de seres humanos?



A VIAGEM DOS filhos de Adão ainda não terminou. A odisséia humana ainda não atingiu seu apogeu. Nesse mundo maldito, a certa hora de nossa milenar semana, cerca de 4000 anos depois do instante em que nossos pais saíram do Éden, uma dimensão divina se fez HUMANA e habitou entre nós, traçando o mesmo caminho de todos, nascimento – com uma ‘pequena’ diferença na concepção, crescimento, morte.



LVIII



Jesus é constitui uma resposta a altura da provocação da serpente. E uma vingança espetacular, onde a HONRA da mulher é resgatada de modo triunfal. Não foi EVA que primeiro foi tentada, que tem sido acusada de geração em geração da atitude que gera, a priori, a perda do Éden? Não foi isso que Adão lançou no rosto de Eva e de Deus? “a mulher que (tu) me deste por companheira meu deu da árvore e eu comi... ” Tenho nada a ver com isso... Num ato VERGONHOSO Adão se esconde a sombra da esposa, lembra que ela CUMPRIU mal a função de COMPANHEIRA, e que em última instancia DEUS é que é o responsável pela encrenca toda, já que ELE é que ESCOLHEU e DELEGOU a Eva sua missão.



Não é isso? Eva é MAIS NOBRE em sua resposta que Adão. Ela não se LEMBRA QUE ADÃO É CO-PARTICIPANTE do ato de transgressão. Ela não expõe o fato de que estava sozinha. Ela diz a verdade. Fui enganada. E assume. Eu comi. Sozinha. Incrivelmente sozinha ela responde por sua transgressão.



Então um dia Deus VINDICARÁ a vergonha assumida, e HONRARÁ de sobremaneira a atitude da mãe de todos os viventes. Jesus é semente de MULHER. Não possui PAI HUMANO. A herança genética humana do corpo que abriga a divindade é FRUTO EXCLUSIVO DA MULHER. Deus gera a vida e VIDA que VIVIVICARÁ toda a vida, a partir da obediência de outra adolescente. Maria.



Jesus, SEMENTE de MULHER, DESCENDENCIA DA MULHER, ESMAGOU a cabeça da serpente. Doce vingança.



A viagem humana parte do Éden com destino a Nova Criação. Não foi uma condenação a condição da vida humana. O sofrimento humano não é um castigo, assim como o mundo ainda que maldito, não é um inferno. Se por um lado a felicidade plena é impossível nesse mundo, tendo em vista a vizinhança dos demônios, as situações deprimentes e inusitadas (enfermidade, desastres, perdas, morte) nesse enorme condomínio cheio de injustiça e condôminos desajustados (os ímpios) com um péssimo administrador (Satanás), por outro lado Deus resolveu habitar aqui conosco, compartilhando da mesma sorte, das mesmas moradias pobres, da miséria de nossa condição humana, moradores de tendas frágeis (nossos corpos) mas, já com o intuito de nos conduzir a regiões mais abastadas, onde existem mansões celestiais com uma vizinhança deveras mais agradável (os anjos e seres viventes).

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Um pouco antes de todas as coisas




Sobre a Redenção momentos antes.

Começa o primeiro tempo.
Houve um tempo em que não havia morte, o que não incorria em grande vantagem porque a vida também não existia. Até que existia. Mas estava confinada ao mistério de pertencer a um único ser.  O poder dessa vida ilimitada, estava escondida na esfera de um universo inimaginável, num tempo indefinido no passado da eternidade em que não verificamos ainda o surgimento das dimensões, do tempo, do espaço, da energia e da matéria. A vida pertence a Deus assim como sua existência sem inicio, sem principio, sem causa, antes das coisas, antes do tempo. Em Deus antes da existência de tudo habitava o poder que não pode ser medido, num ser incriado, consciente sobre si mesmo e consciente sobre um futuro próximo e sua pluralidade ainda inexistente.  Deus era tudo, enchia tudo e a partir de sua consciência e suas escolhas, pela manifestação de sua vontade seria tecido as cores da existência. Os sons, as cordas da gravidade, a dança das particulas, o caminho para a luz, o meio para o eletromagnético, a separação do espaço do tempo e do espaço do espaço, a energia e modo como se produziria, se relacionaria com  o tempo, com o espaço e com a matéria. Estabeleceu as leis que regem e sustentam o multiverso, a nossa e todas as outras dimensões que envolvem o nosso universo.  E por suas escolhas decidiu permear um primeiro e anterior lugar, espaço, dimensão ou universo invisível, de vida. E escolheu os atributos, a natureza e a qualidade dessa vida a qual propôs conceder também do mistério de sua eternidade. Desse universo nasceria o nosso. E suas leis cósmicas seriam absurdamente diferentes das nossas. Os seres ali criados não possuem os limites impostos aos seres criados no nosso universo. Doando de si mesmo, porque a vida não reside nas coisas criadas, a vida é uma manifestação da divindade, é parte da energia primordial contida em Deus, criou os anjos. E lhe concedeu asas. As asas são uma das características mais interessantes dos anjos. Porque nessa época do passado as aves ainda não haviam sido criadas. E criou os Querubins. A ordem está invertida. E Criou em primeiro lugar os Querubins. Os Querubins são os seres mais antigos da criação. Penso eu. A cada movimento divino havia a antecipação das coisas que haveriam de existir um dia. Seus feitos traduzem uma característica engraçada. São absurdamente permeados de profecias. Cada gesto, cada ato, cada ser celestial trás a marca de um futuro, num passado remotíssimo, em tempos imemoriais, numa antiguidade além de todo alcance, no tempo antes do início dos tempos.  Cada ato de criação divina profetiza ou deixa marcas proféticas do futuro ainda não percorrido. Os Querubins recebem uma glória imensa, poder incalculável, sendo cheios de uma vida indescritivelmente poderosa e com eles praticamente se inicia a história da eternidade. Os Querubins recebem rostos, mais que um, são seres plurais, possuem a representação da face de um leão, de um bezerro, de uma águia e de um homem. Nenhum dos quais existe ainda. E antes do surgimento de reis, profetas ou sacerdotes, são ungidos. Recebem uma ordenação, são criados para serem os seres mais próximos e mais íntimos, pelo menos nesse primeito ato, do mais espetacular de todos os seres. E sobre eles é derramada sabedoria quase infinita, ciência quase absoluta, e poder além de nossa capacidade de estimativa. Tanto poder que quando Deus revela-se em sua glória para os profetas do antigo testamento, representa-se a si mesmo como aquele que habita em meio dos querubins. Aquele que cavalga os querubins. Aquele cujo espírito ao se mover, move também aos querubins. Não se desassocia nas Escrituras o poder de Deus da manifestação dos Querubins. Ao menos até a encarnação.  Quando Deus almejava demonstrar toda a extensão de seu poder de um modo visual, apresentava os Querubins.  Hoje ele apresenta a ressurreição de Cristo.

Assim que os Querubins são criados, contemplam um lugar. Antes da primeira manifestação da vida eu creio que Deus preparou um lugar.  Ele primeiro estabeleceu as leis que regem a vida neste lugar, as coisas, o modo como tais coisas podem ser vistas ou tocadas.  Os Querubins nascem na eternidade, no único lugar nomeado que nós conhecemos da eternidade que é chamado de Sião. Monte Sião. Quando Jesus fala das coisas e lugares celestiais, lugares que habitou, lugares onde estava presente quando foram criados, os quais ajudou a criar no universo invisível, revela que: “ Na casa de Pai há muitas moradas, se não fosse assim eu não teria contado para vocês”. As Escrituras só nos revelam Sião. Quando o apóstolo narra sobre o resultado da fé que abre caminho para uma dimensão desconhecida, oculta aos olhos humanos, retrata a morada celestial e narra a presença de milhões de espíritos dos justos aperfeiçoados e de muitos milhares de anjos (numero que aquele que revela Apocalipse irá corrigir para milhões de milhões).

(v. 22) Mas chegastes [os cristãos] ao monte Sião, e à cidade do Deus
vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; (v. 23) à
universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos
nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos [gr. pneumasin] dos
justos aperfeiçoados, (v. 24) e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança,
e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel (Hb 12.22-
24).

E nesse único lugar nomeado da eternidade, querubins são os primeiros a perceber os símbolos do amanhã, além deles mesmos, um santuário celestial, com objetos e coisas que um dia serão reproduzidas nos itens do tabernáculo através de suas descrições dadas por Moisés à excelentes artesãos.  Moisés, qual um arqueólogo da eternidade, viu aos objetos mais antigos do universo por meio de ministração angelical quando subiu ao monte Horebe na época em que receberia a revelação da Lei.

Logos após os querubins os anjos serão criados. E arcanjos. E quando eles abrem seus olhos estão diante de uma cidade celestial, e a vida, vida eterna, vida imortal, vida transcendente se manifesta e  se inicia no universo escondido em Sião.  Ali se inicia tudo.  Dali a primeira base, o primeiro movimento, as fronteiras do amanhã e a expansão da vida será iniciada.  Onde ainda não existem os seres humanos.  E se fossemos ler o trecho de Hebreus neste momento ainda não haveria dois termos:
“igreja dos primogênitos inscritos nos céus” e “espíritos dos justos aperfeiçoados”
Esse momento da eternidade passada é ainda o da “universal assembleia”.
A primeira ordem de seres viventes faz parte de uma igreja. De uma igreja universal. A vida começa na igreja universal. O termo grego para igreja é Eklesias, assembleia.
Outra profecia. Outro propósito oculto manifesto. Uma assembleia é uma reunião de pessoas com um propósito comum. Os seres recém-criados concordam e possuem uma unidade  de natureza, de poder, de essência, de movimento. De comunhão. A criação angelical, a manifestação dos Querubins e sua interação com Deus era quase similar a um organismo vivo com suas estruturas de vida interiores pelos quais se manifesta. 
Os anjos e os querubins harmonizavam-se perfeitamente com a vontade de seu Criador.
Mas não eram projeções de sua vontade. Não eram sombras de seres viventes. Eram seres viventes cuja medida de vida em imputada pela liberdade absoluta. Não eram espíritos impedidos de agir e pensar por si só. eram espíritos capazes de interagir de modo único com Deus, possuindo suas marcas, sua natureza, sua vida, e corpos para expressarem o mistério de suas pluralidades. Deus possui um mistério de ser diferente de todos os seres que um dia criaria. E Repartiu essa individualidade e unicidade com todos os seres que criaria. No cerne do mistério da criação está o fato de que todos os seres, mesmo àqueles criados à sua imagem e semelhança não seriam iguais uns aos outros. Propôs Deus em seu coração que cada ser que viesse habitar o universo fosse único. E capaz de suas próprias decisões. E nessa decisão divina da unicidade de cada ser repousa a o problema da origem do pecado. E na semelhança das criaturas com Ele a resposta para sua destruição. O mistério que nos torna únicos, anjos, homens e demônios, também nos propicia a capacidade de escolher nossos próprios destinos. E interferir no destino dos outros seres. Nesse sentido absurdamente profundo Deus repartiu conosco algo tão grande quanto sua própria divindade. Concedeu-nos individualidade.  Os Querubins e anjos são capacitados para atos de poder incomensurável. E capacitados a discernir entre o bem e mal. O mal não é só anterior aos homens, é anterior aos anjos também. Quando os anjos nascem, o fazem num universo que é criado segundo um propósito pré-estabelecido. E nascem dotados da consciência de existe algo além das perfeições divinas. Aos anjos é apresentada de maneira clara as trevas e a luz. Havia uma possibilidade além da vontade divina, além do desejo, além dos sonhos, além das leis que emanavam do coração de Deus. Havia a possibilidade de sonhos contrários à natureza de Deus. O mistério do pecado é que propôs Deus não impedir que os anjos escolhessem seus próprios caminhos, ainda que esses fossem contrários à sua vontade. A escolha de qualquer caminho contrário a vontade de Deus destrói suas obras, afeta á sua criação e vai de encontro a sua natureza. O mal é na verdade o movimento da vontade de um ser em direção contrária a direção da vontade divina. Existe um sentido na energia, até nas linhas de um pequeno campo magnético.  Qualquer coisa que um ser almejar realizar contra a vontade de Deus destruirá alguma coisa que ele criou, ou afetará o futuro de outra. Como todas as coisas criadas possuem as marcas de seu criador e essa antiga mania de desenhar com a vida o dia do amanhã, ou seja, como todas as formas de vida declaram e anunciam suas obras, assim como o amanhã (caráter profético das obras da criação) a destruição das obras divinas atua como uma ofensa contra  Deus e contra seus propósitos futuros.
Pecar é destruir o amanhã.
Em algum momento a consciência perfeita sobre si e suas existências gerou um caráter da escolha de uma direção consciente contra as escolhas de Deus. Como as escolhas divinas são de acordo com suas leis que são regidas por sua natureza e por sua sabedoria, quando a criatura escolheu ir contra a vontade de Deus, alinhou-se contra sua natureza, contra suas leis e contra sua sabedoria.
 A obra da criação é fruto da sabedoria divina. O pecado é a situação criada pela rejeição dessa sabedoria.
A sabedoria de Deus atua segundo propósitos eternos, frutos de um coração amoroso. Quando a criatura abandonou a visão amorosa de Deus para com sua criação tornou-se seu adversário.
A Ira divina é a reação de Deus a destruição causada pelas obras dos espíritos adversários.  Na medida que os anjos deixaram suas ordenações, seus propósitos, suas posições, em prol de suas próprias vontades, rejeitando o seu presente distante de nós por talvez bilhões de anos, realizaram a destruição do amanhã. Que é o nosso hoje.
Rejeitar a vontade de Deus é impossível sem imediatamente colocar-se como adversário dele. Porque suas ordens vislumbram o amanhã, a história sonhada e imaginada por Ele antes da criação das coisas, e o pecado é antes de qualquer coisa o poder para destruição das obras de Deus. A ira divina é a atitude de rebelião de Deus contra a destruição de suas coisas, de seus planos, da ordem universal que necessita ser realizada porque ainda se encontra em andamento. De uma Ordem sábia, harmoniosa, que possui propósitos de acordos com a belíssima natureza divina, onde a justiça é abundante, onde a paz é perene, onde a vida é manifesta com pluralidade, alegria e verdade.
O que havia no coração dos anjos,  suas primeiras obras, era somente o inicio de tudo. O livro da eternidade estava nas primeiras páginas.  Nós ainda estamos no meio do caminho. Embora para nós seja o final dos tempos.
O final do tempo humano não é o final do tempo celestial.
O fim do universo físico não prenuncia o fim das coisas da eternidade. Mas o final de um estado de coisas. A primeira coisa que João vê quando vislumbra o novo universo é a velha e sólida como uma rocha, Jerusalém celestial que desce como uma noiva do lugar que esteve desde o início dos tempos para ocupar o lugar que desde de sempre deveria ser seu, o centro de tudo.
A ira de Deus é uma resposta contrária ao pecado. Já que as obras do pecado destruiriam as obras de Deus, já que as obras do pecado inviabilizariam o amanhã sonhado antes que os montes fossem formados,
Deus escolheu outra lei em seu coração que definiria também os rumos do amanhã. Ao invés de incapacitar os seres criados de se rebelarem contra ele, ao invés de retirar deles a capacidade de definir seus destinos, propôs Deus não o uso do Poder para delimitar os atos dos seres criados. Mas o uso da pedagogia. O uso da Sabedoria. Deus ensinou a respeito do que significaria rejeitar suas propostas de vida. E ensinou através de um tabernáculo, de um santuário e de um sacerdócio que se inicia antes da queda do primeiro anjo. Todas as coisas celestiais eram impregnadas de simbolismos, de avisos, de admoestações. A Palavra de Deus não começa a ser escrita na terra que um dia haveria de ser criada. Se inicia no céu. Os mandamentos do Senhor não são manifestos ao mundo quando a lei é entregue na terra. Mas quando a lei é desenhada na forma de uma altar do incenso, de um propiciatório de ouro com a imagem de dois querubins, com vestes e rituais ancestrais que antes de serem vislumbrados na terra eram interpretados no céu. O teatro já foi exercitado de certo modo por anjos. Quando na terra de Israel um sacerdote caminhava com suas vestes sacerdotais com bordados, um peitoral com pedras preciosas e uma mitra com uma corrente e placa de ouro amarrados, em direção à parte do santuário denominada santo dos santos, o que ele faz é na verdade algo familiar ao que anjos acostumavam a ver antes da criação do universo. Os anjos já entendiam sobre a existência da morte e sobre o significado do pecado de um modo muito profundo, conhecendo aspectos e consequências celestiais sobre o pecado que nós não conheceremos jamais.  Porque tais representações e o culto anterior realizado a Deus na época antes da criação do mundo, para nós são envoltos em mistério surpreendente.  Mais uma vez o culto na eternidade se reveste de profecia. O que para os anjos era PROFÉTICO, para nós é o nosso dia a dia. Era sobre nossa futura paixão que tais atos retratavam. O culto na eternidade passada foi dado aos anjos para lhes ensinar sobre a tragédia do amanhã e da real manifestação da entidade que nós denominamos de morte na esfera da existência. A morte seria manifesta quando a vida que se sustentava sobre a fragilidade das formas criadas para sustenta-la fossem abaladas pelo descaso, pelo desrespeito ao cuidado que estava debaixo da responsabilidade de todos.  A morte seria manifesta quando atos de sabotagem á sabedoria divina fossem realizados.  A vida não era indestrutível. A vida não era invulnerável. Assim como nenhum ser é. Por mais poderoso que seja. Deus concedeu a vida amor incondicional, mas poder limitado.  E em símbolos e numa linguagem elevadíssima e espiritual a morte foi conhecida antes de ser manifestada.  Embora jamais um anjo tivesse morrido até então.
Até então.
Mas os símbolos celestiais mostravam outra coisa também. Que a vida era mais poderosa que a destruição, que mesmo que houvesse a morte, no final, a vida prevaleceria. E que mesmo que o universo fosse destruído, não faltaria poder para reconstruí-lo. 
E foram ensinados a amar o bem. Porque do bem dependia os seres que um dia seriam criados. Porque do bem dependia a harmonia entre os seres criados. Porque o único modo de Deus se relacionar com sua criação seria através do bem. E foram ensinados a amar a Deus porque dele dependia o amanhã de todas as coisas, segundo uma vontade que ainda não fora plenamente manifestada.
Os anjos aprendiam com a criação e com Deus sobre sua sabedoria. Foi a primeira revelação sobre a essência divina, a primeira lição a ser aprendida.

O Senhor me possuiu
como a primeira de suas obras, 
antes de suas obras de mais antigas;
fui formada longas eras atrás,
no início, quando o mundo veio a existir.
Quando ainda não havia abismos,  eu nasci
quando não havia mananciais transbordando de água;
Antes que os montes foram assentados no seu lugar,
antes dos outeiros, eu nasci,
antes que ele fizesse o mundo ou os seus campos
ou qualquer um dos grãos da terra.
Eu estava lá quando estabeleceu os céus no seu lugar,
quando traçava o horizonte sobre a face do abismo,
quando estabeleceu as nuvens acima dele
e quando fixou firmemente

as fontes do abismo,
quando ordenou ao ao mar o seu limite
para que as águas não ultrapassem suas ordens

e quando ele estabeleceu
os fundamentos da terra. 

E foi criado o universo. Nosso universo. Diferente do que os anjos nasceram. Então se extendeu o espaço e as dimensões, o tempo e a energia, do átomo ás constelações. E encheu-se de alegria angelical. E esse universo recém criado foi preparado para receber a vida que já habitava a eternidade. Ou preparado para ser cheio de vida que seria criada para nossa própria realidade.

Então aconteceu de que um através de um ato de transgressão foi manifesto o pecado no universo primordial.  E a partir dele a morte entrou em todos os universos. O que ocorreu não nos é revelado. As únicas pistas são as revelações esparsas espalhadas nas Escrituras. A epístola de Judas (outro Judas, não aquele)  fala de prisões de trevas onde anjos foram arremessados, Apocalipse fala de anjos que foram presos junto de locais da terra, Genesis logo após a criação mostra o Espírito de Deus caminhando sobre a face do abismo de uma terra sem forma e vazia, porém Isaías diz que a terra fora criada com forma. Das dimensões existentes locais não existentes e tenebrosos foram criados para guardar a alma de futuros mortos, o tártaro e o Hades. 
A lição do tabernáculo celestial não foi compreendida?
Quando Deus caminha sobre a face do abismo, é quase outra analogia. Porque agora realmente existe um abismo. Há uma ferida na estrutura do cosmos. Há uma perda, já há dor. A morte já ocorreu, ainda que não nos termos que nós a conhecemos como viventes. Porque não conhecemos a natureza da vida de uma fada ou de um ser mágico, não saberíamos o significado da morte para eles. Os seres de ficção morrem que nem pessoas nas nossas fábulas porque essa é a única morte que conhecemos, essa que cessa a respiração.  Nós não entendemos na realidade natural as dimensões da morte. Muito menos o significado da mesma dentro da dimensão espiritual.
E os anjos que caíram mudaram seus pensamentos e suas essências. Quando escolheram a transgressão como modo de vida, quando escolheram não realizar e não viver os propósitos de Deus, rejeitaram sua essência. Rejeitaram sua natureza. Rejeitaram seu amor. Rejeitaram fazer coisas que se traduzam num amanhã de paz, de alegria e de harmonia. Escolheram a guerra no lugar da paz.  Quando o ser humano peca, ele o faz muitas vezes em aspectos parciais de sua vida. Poucos pecados abarcam a integral e completa rejeição de Deus em nossas vidas. Alguns como matar ao próximo são ofensas profundas e gravíssimas contra Deus. Mas os anjos que pecaram o fizeram de um modo absoluto.  E seres dotados de poder de destruir quantas vezes desejassem o universo criado não poderiam ser deixados livres. Graças a Deus pelas prisões e pelas limitações.
E por não ter deixado de lado suas leis.  Milhões ou bilhões de anjos assistiram ou participaram ativamente do evento, ou dos milhares de eventos que culminaram na intervenção divina para PARAR ou IMPEDIR que a vida fosse extinguida ou impedida de se manifestar na aurora dos tempos.
E a manifestação de seu poder para impedir tal atuação de destruição é a ira contra a injustiça. É abominar os caminhos do mal, é odiar as obras de Satanás, porque no passado elas feriram e mataram espiritualmente a milhões de criaturas que Deus amava, transformando-as em seres destituídos de amor pela vida. 
E porque ainda hoje ferem e matam a milhões na terra.  As trevas anulam a alma do ser humano dentro dele, transformando pessoas que poderiam ser pessoas de bem em gente sem coração.
E Paulo fala do que as trevas puderam realizar no ser humano:


18 Pois até do cosmos é revelada ao homem o desagravo de Deus contra toda a impiedade e toda injustiça dos homens que transformam a verdade em injustiça.
19 Pois, o que de Deus se pode conhecer, nos cosmos se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles não há justificativa  pela sua incredulidade;
21 porquanto, tendo conhecido a Deus, por sua criação, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22 Dizendo-se inteligentes, tornaram-se idiotas,
23 e por conta própria imaginaram a glória do Deus incorruptível semelhante a  imagem do homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
24 Por essa razão Deus os abandonou a sorte dos desejos íntimos de seus corações, e a imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si;
25 pois substituíram a  revelação verdadeira de Deus pela bobagem, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém.
26 Pelo que Deus os deixou livres e entregues a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram sua sexualidade no que é contrário à natureza humana;
27 semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, homem com homem, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro.
28 E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus revelado na criação, Deus, por sua vez, não limitou seus sentimentos depravados, e fizeram coisas que não convêm;
29 O resultado disso foi serem cheios de todo tipo de injustiça, de malícia, de cobiça, de maldade; tornaram-se cheios de inveja, de vontades homicidas, cheios de contenda, de dolo, de malignidade;
30 Tornaram-se murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais;
31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia;
32 os quais, conhecendo bem o decreto de Deus escrito nos seus corações , que declara ao íntimo do homem serem dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fizeram e fazem , como  também dão voto de aprovação aos que as praticam.

Mas o homem ainda não nasceu, porque eu ainda estou na aurora dos tempos. Ainda não é o sexto dia.  Quando Deus estabelecer o homem, o mal já existirá. Deus não parará seu propósito para com a vida apesar da queda angelical. Deus não desistirá de seu projeto apesar da tragédia prevista, apesar da tragédia que ainda virá. Embora aja uma ferida aberta na criação.  Ele fez uma aposta não no poder da força. Na coação ou na irresistibilidade de sua vontade. A morte não é maior que a vida manifesta desde antes do primeiro querubin ser criado.
E olha que neste momento já não existem cinco Querubins.
Todas as visões dadas nas Escrituras mostram quatro seres viventes ou quatro querubins, embora um pouco diferentes como se tivessem passado por uma metamorfose, por uma mudança, se você comparar os querubins de Ezequiel com os de Apocalipse.
Deus sabe que seu poder a ser manifesto na existência será tão grande que até os primeiros seres criados irá modificar.
Quando o jardim do Édem receber Adão ele manifestará uma única ordenação, uma única lei, para provar ao homem.
Pode ser incrível para nós.  Mas nos céus ainda havia dança.  Quando ordenação do jardim é quebrada, conforme profetizado por milhares ou milhões de anos na eternidade, a morte deflagrará uma guerra silenciosa contra a criação mais uma vez.
Miguel é um arcanjo que recebeu a incumbência de ressuscitar a todos os mortos.
Enquanto Adão fugia por dentro do jardim os seres celestiais reviam sua própria história, seu próprio destino, sua sina. Quase um flash back.
Mas há uma canção que ecoa muito forte na eternidade após a ressurreição de Jesus. Ela fala sobre a Sabedoria de Deus e de seu tremendo Poder.  Acrescida do fato de que agora os anjos reconhecem sua tremenda coragem. E essa dose de loucura.
A história da Salvação ainda não terminou, assim como a aventura da fé. Nós não possuímos todas as respostas. Mas o pecado que parecia um poder medonho e gigantesco na aurora dos tempos já não parece tão grande assim.
A morte parecia ser um problema irresolvivel e uma condenação insuportável, também passaram por uma revisão conceitual.
Muitos anjos permanecem com o mesmo sopro que um dia receberam do Pai, nunca sofreram o abuso do pecado, ou sentiram a rejeição do Pai. Por uma escolha feita mediante a fé absoluta na dignidade de Deus ainda no ínicio de suas obras, foram chamados de fies e eleitos. Eles nunca morreram, como a maioria dos seres humanos. Eles nunca morreram como Jesus, que os criou, morreu.
Todos olham com assombro para o Senhor ressuscitado.
Assim como nós ainda se perguntam o que foi a cruz.
Como já mencionado antes a questão do pecado é que o contrário das coisas é o contrário das coisas, a mais lógica afirmação filosófica jamais emitida.  Não é só um questão filosófica que está atrás da questão do pecado. Não era só uma questão de Deus sentar com os anjos e querubins caídos e colocarem num debate suas posições sobre o ser e o não ser, o sentido da vida, a soberania de Deus e outras questões. Não foi uma guerra ideológica que deu inicio ao fim da paz segundo o coração de Deus.  Não era a rebeldia contra as ordens ou oposição a vontade revelada e declarada que validaria a separação entre Deus e os seres caídos. Foi um ato de violência deliberado. Violentamente foi manifestada uma ira até então inexistente na esfera da etermidade. Ira contra Deus. Ira contra sua pessoa, contra sua existência, contra seus planos. Da negação da realização da vontade de Deus nasceu a ira que culminou num ato de extrema violência.  Só há um modo de transformar o universo, qualquer que seja ele, em algo desconectado de Deus, só há um modo de seguir uma outra ordem universal sem as marcas onipresentes da bondade e da justiça divina. Criando uma realidade alternativa em que tais valores não fossem manifestados. Gerando um universo de sombra e de dor, distinto e separado do universo segundo o coração de Deus, onde os padrões segundo tudo que Deus ABOMINA PODERIAM SER LIVREMENTE EXERCIDOS. Onde não a vida, mas a MORTE fosse soberana. Isso significa gerar um universo de dor e horror inimagináveis. Essa realidade nós imaginamos somente em nossos piores pesadelos e costumamos chamar ele de INFERNO.
Não bastasse imaginá-lo, o que já seria por si só ruim, em algum momento intentaram implantar a dita situação num lugar celestial ainda em fase de construção. Nem se iniciara o projeto da vida já havia voz contrária.
E como definir o que é bom e o que é mal, o que é certo e o que é errado, o que é justo ou iníquo somente com base na essência de Deus? Porque não destruir em vez de construir?
O que afirma ser a sabedoria de Deus o melhor ou o único caminho dentre as possibilidades infinitas de escolha, a melhor de todas?
Porque estabelecer como prumo, com aferidor das medidas da vida, como padrão da existência e de justiça, a natureza de Deus?
Em que a vontade de Deus que dirige a tudo para si, que converge todas as coisas em sua pessoa, é melhor que a intenção de uma criatura?
O problema é que a vontade de Deus não era um tratado escrito ou um livro mágico colocado num pedestal com visitação gratuita e aberta a todos os seres celestiais, não era um só um postulado de sabedoria infinita. Era atitude, era movimento, era produzidora de bens. Quando as Escrituras falam do Princípio não dizem que no principio era o Substantivo. Ou no princípio era o Pronome oblíquo. Ou no Princípio era o pronome indefinido. Diz que no Principio era o Verbo, que traduz a palavra Logos, que era para os gregos como a palavra cheia de poder capaz de manifestar a existência algo que não existe. O Logos era o oráculo dos deuses. Palavra com autoridade pra realizar o impossível. O termo Palavra na língua portuguesa é muito abrangente e não possui a mesma característica de Movimento e de Ação que Verbo. Por isso traduziram desse jeito. Penso.
Mas voltando a questão anterior, Sua Vontade era uma vontade que exercia domínio, governo, autoridade e poder. Ela não só descrevia, como escrevia as letras do código da existência. Creio que essa é a sutil reclamação e difamação da existência que existe dentro do filme Matrix.
A Sua Vontade não só definia como manifestava no invisível ao quadrado (a manifestação de uma realidade, dentro da realidade invisível). No corpo dos Querubins e dos anjos havia marcas de seu criador, em seus poderes, em suas essências espirituais e em sua própria transcendência. E com aquela velha mania profética divina, apontamentos para seu amanhã.
A ira maligna se manifesta contra tudo aquilo que procede de Deus. Contra Sua vontade e contra aquilo que ela produz.  Quando a liberdade plena solicitada a milênios de agir contra o homem é concedida aos anjos caídos em Apocalipse na grande Tribulação, é dito que uma das primeiras atitudes do Governo doa Anticristo é se levantar contra tudo aquilo que se chama Deus.
O ato de violência cometido contra Deus e contra suas obras foi de tal monta que os poderes desses seres foi anulado após sua manifestação. Imagine só anjos com poderes ilimitados realizando o mal. Nós não veremos isso jamais.
Nós não.
Mas os céus e a eternidade contemplaram tal horror. E as virtudes dos céus foram abaladas pela primeira vez.
Mas uma coisa é ter Poder para realizar o mal.
Outra coisa é estar num estado de completa malignidade.
O poder dos anjos caídos foi anulado para não causar a destruição de nosso universo.
Mas não a sua malignidade.
E nem sua engenhosidade.
E nem o pecado.
E nem as consequências dos seus atos praticados.
Porque os atos dos anjos que caíram influenciaram o futuro.
Esse nosso presente.
Temos a partir desse momento um inumerável rol de reclamações a serem feitas. Porque, minha virgem Maria, Deus não destruiu esses sujeitos malignos? Porque não acabou com a desordem e pôs imediatamente em ordem a criação que lhe pertencia, e a mais ninguém, graças a Deus? Porque não destruiu o pecado? E a morte? Porque não impediu seu acesso ao nosso mundo, NOSSO MUNDO!
Porque lhes concedeu a maldita capacidade de INTERAGIR com o homem? Ou porque não lhes legou a uma zona fantasma* eterna?

* Zona fantasma era uma dimensão paralela que os criminosos de kripton eram enviados

Quando o jardim de delícias for plantado, quando as árvores estiverem crescidas em algum determinado momento propício, um desses seres se manifestará com toda sua malignidade transformará, por assim dizer, nossos destinos.
A resposta que Paulo dá a essa questão é muito complicada, talvez depois de uns trinta anos meditando nela entendamos seu significado.

Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.
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Não seria nesse momento ainda impedida a manifestação do pecado. Essa característica de Deus usar todas as coisas para nossa edificação é as vezes um fato irritante.

O inferno, as trevas, a dor, o mal, a rebelião, os anjos caídos, a morte e tudo mais. Se a questão é essa, a desobediência, a destruição de suas obras, que seja.
Vou usar as trevas do mesmo modo que uso a luz. Vou me servir do mal e da dor e do que lá mais a imaginação maligna quiser almejar, e tudo servirá de matéria-prima para o amanhã, que desde sempre sonhei em realizar.
Aquela velha mania de profetizar a respeito de tudo.
Vou tolerar a transgressão. Vou dominar meu coração e impedir o derramamento imediato de minha ira sobre as obras da maldade.
Por um pouco de tempo. Por uma época.

Isso é chamado de Paciência divina.

Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Romanos 2:4

Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. Romanos 15:5

E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; Romanos 9:22


Claro, que podíamos reclamar mais uma vez, isso lá é hora Ó Deus Criador, para o Senhor ter paciência?
Derrama logo essa tua IRA e DESTRÓI, pelo amor de Deus, o mal!
Não dá para nós nascermos depois que essa tua “paciência” terminar?

Não não deu para nascer antes da dita “paciência” terminar. Graças a Deus. Porque senão teríamos nascido em uma época de juízo imediato pelo pecado, O que por certo não seria um bom negócio para pessoas com a capacidade ilimitada de pecar.
Sempre fica na garganta a pergunta célebre, pra que DOIS Querubins pra guardar o caminho de volta para o jardim do édem, se um leão já bastava? Se 1/120 avos de um anjo já seria o suficiente? E pra que colocar espadas FLAMEJANTES nas mãos de dois jedis celestiais, pra impedir dois adolescentes desarmados, diga-se de passagem, de retornarem para lugar algum?
O tal exagero bélico possui suas razões simbólicas. 
Havia um caminho a ser percorrido como o da história sem fim e os dois Querubins estavam ali como uma dica. A entrada é por aqui mas a saída é por lá. Apontando a terra recém formada e inexplorada e cheia de animais vorazes e de raios e trovões e de chuva e de geada. Mas principalmente, cheia de morte.
É para toda criança ficar revoltada com a cena. Porque sabemos de antemão que há uma história por detrás da história. Há um mundo velho por detrás do mundo novo e uma guerra antiga cujo eco se ouvia na terra nova. E de um lado uma menina sem mãe, inexperiente, recém criada teve que se virar sozinha contra o ser que lhe corrompeu, cuja sabedoria não poderia ser medida e cuja malignidade é o suficiente para encher os mares, se pudesse ser transformada maldade em água, e de outro bilhões de seres que testemunharam o apocalipse em sua própria terra não interviram.
Essa solidão extraordinária, essa aparente falta de informação sobre a questão da morte e da maledicência do pecado, além de não termos tido ideia se houve para nossos primeiros pais uma aula mais detalhada sobre o significado de maldição nos leva de novo ao questionamento. Onde estava a sabedoria quando o homem mais precisou dela?
Não seria correto uma universidade de professores angelicos para admoestarem e darem aulas com recursos fantásticos sobre o que haveria de ser se as leis da eternidade fossem quebradas? Mas não.
Houve silencio no céu diante da previsível derrota humana diante de Satanás no Édem.
E lá estavam os dois querubins com espadas flamejantes erguidas na saída do primeiro lar.
Seguir em frente. Mas não sozinhos.
Do éden saem:

Um homem.
Uma mulher.
O pecado.
A maldição.
As hostes
As potestades.
Os domínios
As soberanias.
E seu representante administrativo. Satanás.
A morte já tinha ido na frente. Pra abrir caminho.

Por assim dizer, já que tais componentes da eternidade não habitavam anteriormente o jardim. Contudo o EXODO para um mundo de terror, a terra carinhosamente chamada de “maldita” era fato e o homem e sua mulher não entravam nessa realidade mágica, sozinhos. Estavam muito, muito mal-acompanhados.

Aparentemente.
Tudo é sempre muito mais complicado do que costumamos tentar explicar.
Quem que disse que REALMENTE os homens entraram na terra sozinhos? 
Ou que a terra amaldiçoada fora abandonada por Deus?

Quando Jacó estiver indo de encontro a Esaú, já perto do vau de Jaboque ele se depara com a coisa mais estranha que o mundo poderia imaginar na nossa terra. Um acampamento de anjos. Um arraial de seres celestiais. Milhares de anjos assentados ou de pé numa região muito vasta. Ele chamou aquele lugar de Maanaim. Eles já estavam lá quando Jacó chegou. O que eles estavam fazendo lá não sabemos, nunca nos foi dito.
Eles não intervém no restante da história de Jacó. Lá estavam e lá permaneceram. 
Sobre os processos biológicos da renovação da vida, é declarado nas Escrituras, que a razão da vida renovar os vales da terra é a presença do Espírito do Senhor.
O salmista Davi entendeu essa realidade sobre a onipresença de Deus e disse:

Para onde me ausentarei do teu Espírito?
Para onde eu fugirei da Tua face?
Se subo aos céus lá estás,
Se faço a minha cama no mais profundo abismo,
Sei que ali também Tu estarás
Se tomo as asas da alvorada
E me detenho nos confins dos mares,
Ainda lá haverá de me guiar a Tua mão
E a Tua destra me sustentará


Havia algo no mundo recém criado que esperaria o homem. E era algo muito bom.
Anjos estariam presentes para guardá-lo.
Quando uma criança tenta ser impedida de chegar a presença de Jesus ele repentinamente fala:
Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus.
Estabelece outro patamar de mistérios, destes que a vida é repleta. Anjos designados para guardar crianças? 
Entender que o homem entraria em contato com as trevas já preparou a eternidade para uma intervenção continuada. Não haveria de ser separado de seu auxílio ou de sua presença o homem PECADOR. Sempre que definimos os anjos nos reportamos a eles como a “espíritos ministradores para aqueles que hão herdar a salvação” E sempre pensamos nos eleitos, nos escolhidos, nos separados, na igreja.
A resposta talvez seja mais ampla.
Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.
A resposta é que os anjos foram enviados não a um grupo especifico separado em meio aos homens. Mas a MISERICÓRDIA foi estabelecida a TODO SER HUMANO. Os anjos foram enviados a cuidar e a tratar e a zelar por toda a humanidade. Para impedir que ela fosse trucidada pelo efeito devastador do pecado. Todo ser humano está fadado a ter uma experiência com os anjos.  Porque nenhum homem nasceu ou morrerá sem que tenha sido auxiliado pelos anjos em milhares de atos de sua existência. Ainda que vivendo sob a direção das trevas, do pecado e sob o domínio do mal. Ainda que a serviço de Satanás.  Evidentemente quando estiver de folga dos serviços prestados ao reino das trevas. Porque chega a hora do juízo do pecado humano e o salário do pecado é a morte. O fruto da mentira, do engano e da maldade humana é a opressão, a degeneração espiritual, e por fim o vazio.
Mas o homem não se degenerará por que foi abandonado. Sim porque abandonou ao Deus que lhe concede a vida, a alegria, a vitória, o pão e o vinho, os filhos e o amanhã. Porque amou mais as trevas do que a luz. Luz que nascerá diante dos seus olhos em forma de vida todos os dias. Porque o sol nasce para todos, independentemente de sua maldade insidiosa ou de sua tremenda piedade.
Embora o poder angelical dos anjos caídos tenha sido anulado ou limitado na eternidade, seus efeitos nos alcançaram. Parte do mistério que envolve a vida começa FINALMENTE a se esclarecer. Em primeiro lugar o homem não entraria na terra da sombra da morte sozinho. Não viveria sozinho. Não sofreria abandonado. 
Uma pessoa invisível acompanhou e supervisionaria a raça humana continuamente.
O Espírito de Deus.
Anjos já haviam sido enviados antes a terra antes que Adão saísse do jardim. A terra amaldiçoada ou não, cheia de demônios ou não seria palco da presença e da renovação continua de Deus. 
Mas guardas para inibir a fúria do exército inimigo não é o suficiente.  Porque apesar da grandiosa misericórdia demonstrada é o homem que tem que enfrentar o adversário de Deus. O homem recebeu de Deus sua Imagem e sua semelhança. Talvez se tivesse tido uma conversa anterior e soubesse que seria extremamente odiado por seres imortais de antiguidade insondável, solicitaria ser feito não tão semelhante e nem com uma imagem tão próxima assim. Mas cabia-lhe o mistério da paixão humana e da realização dos mistérios ainda não divisados da vontade de Deus. No homem foram depositadas esperanças inacreditáveis.  E amor incompreensível.
Porque Deus amou o homem de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas viva para todo o sempre.
Não bastasse isso sobre ele estaria a solução para o pecado. E para a morte. Porque quando Jesus ressuscita dos mortos o faz como representante idôneo da raça humana.
Não seriam os arcanjos, os querubins restantes ou o exército angelical que finalmente colocaria em ordem a ordem celestial. Seria o homem, nascido de mulher. A semente da mulher pisaria e esmagaria a cabeça da serpente. Os planos amaldiçoados e o inferno imaginado e manifesto na terra foram vencidos pelo filho do homem, que enfrentou cada uma das armas que acometeu os céus de outrora e destruiria o principio da destruição de um modo extraordinário.
Ainda na carne.
Porque o verbo se fez carne e habitou entre nós e nós vimos sua glória como a glória do unigênito do Pai. E testemunhamos que nossas mãos tem tocado a palavra da vida.
Mas a história da humanidade e dos céus ainda não terminou. 
Logo após a ressurreição de Jesus ele caminhou até o santuário que estava lá desde quase todo o sempre. 
Na terra o sacrifício do cordeiro era realizado sobre um altar de bronze que ficava á frente do tabernáculo. O sacerdote cortava o pescoço do cordeiro e o sangue era derramado sobre uma canaleta ao lado do altar de onde se colocava uma pequena bacia de bronze que recolhia parte do sangue derramado. O sacerdote auxiliar pegava deste sangue colocava na bacia de prata e entrava num salão escondido por grossa cortina de quatro camadas num lugar chamado santuário  que continha uma mesa com pães feitos sem fermento, um castiçal de ouro batido com sete lâmpadas de azeite que jamais se apagavam, ao lado de um altar de ouro onde havia um incensário que emanava um incenso característico feito de arte de perfurmaria cujo segredo pertencia somente as famílias de perfumistas sacerdotais. Ele então entregava essa bacia de prata ao sumo-sacerdote que sozinho a levaria em suas  mãos, vestido de vestes especiais e entraria após num outro salão oculto e sombrio, atrás de uma segunda e espessa cortinada. Lá haveria uma arca de ouro pura, a qual não conseguiria enxergar devido a tremenda escuridão do santo dos santos e colocaria a bacia de prata sobre a arca, ou derramaria sobre uma bandeja denominada propiciatório, que ficava sobre a arca da aliança. Essa peça era de ouro puro e era composta de uma base com bordas e enfeitadas por dois querubins.
O sangue seria colocado na bacia de prata ou derramado em meio a total escuridão defronte os dois querubins feitos de ouro puro batido.
Mas como dizia antes, Jesus caminhou até o santuário celestial. Milhões de anjos cercaram o santuário celestial. Ele caminhou até o altar celestial que jamais teve um cordeiro terreno sendo realmente sacrificado. Mas deve ter tocado uma de suas pontas. Depois caminhou até o santo dos santos e entrou no santuário. E comeu com certeza um dos pães que deve estar lá desde a aurora dos tempos. Sorriu e foi até a segunda cortinada e a atravessou. E parou diante da arca da aliança e se ajoelhou.  Colocou sua mão sobre o propiciatório da arca celestial e deve ter completado sua oração de vitória.
Ou foi algo parecido. Seja como for, sua oferta foi aceita assim como seu sacerdócio diante do Pai, porque dez dias depois de sua ascensão a  Igreja na terra foi sacudida e ungida e cheia do Espírito de Deus.
Começava o segundo tempo.

  Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e näo os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus.