quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Pedagogia e Obras Industriais



Aplicação de Pedagogia para obras Industriais


A obra industrial é uma situação temporária que possui um prazo definido para acontecer, situação total ou parcialmente definida por um projeto que necessita de diversos níveis de mão de obra qualificados reunindo pessoas de diversas regiões do pais e as vezes fora dele.
As pratica didática e a pratica tecnológica industrial diferem sensivelmente. As praticas acadêmicas ou escolares, a formação seja técnica, gerencial serve como base, Porém a verdadeira escola de aprendizado profissional é que denominamos “campo” ou o exercício continuo da carreira ou atividade escolhida. A realidade profissional dispõe de situações que não são factíveis de serem recriadas em laboratórios ou praticadas nos locais de ensino/estudo porque envolvem equipamentos que só podem ser custeados para suas finalidades industriais. Os diversos simuladores por sua vez, modelos computacionais, virtuais ou equipamentos ou plantas preparadas para isso possuem os limites de serem sistemas isolados e não há como simular as interações existentes entre os diversos processos complementares que vão além da capacitação no uso de uma ferramenta ou de um equipamento ou mesmo da operação de uma planta industrial. Há além da tecnologia empregada a interação de dezenas de equipes, algumas delas multidisciplinares com geração de inúmeros documentos, relatórios de inspeção, acompanhamento, auditoria, certificação, testes e qualidade que só ocorrem na maioria dos casos durante a execução de uma obra industrial. Uma ciência em movimento que acompanha a duração da execução da obra.
Os saberes não estão limitados ao campo da engenharia adentrando nas áreas das ciências sociais, administrativas, e na área nebulosa da experiência prática dos executores.  Uma vez alicerçada ou definida uma determinada prática de engenharia, exemplo, montagem de trechos de tubulação de grande diâmetro na vertical para equipamentos maiores que 40 metros de altura, será justamente criado um tipo de profissional capacitado nessa determinada área que é fruto da experiência adquirida, acumulando as práticas de segurança, os acertos de cálculos e recursos de engenharia de  andaimes, solda, planos de içamento e tudo o mais que fez parte da dita montagem. Além de serviços especialíssimos temos os saberes que são oriundos da prática continua que geram capacidades ou habilidades que exigem um prazo razoável de execução continua para serem bem realizados, como o caso de realização de soldagem em determinadas posições, amarração de arrumação de multicabos em painéis de rearranjo de instrumentação, emendas de fibra-ótica, montagem de andaimes. Do serralheiro ao planejador temos a necessidade da experiência para transformar a teoria limitada da sala de aula, do curso de formação, da academia, da instituição de ensino, na prática de obra.
Cada obra é uma história, possui características próprias, suas dificuldades inerentes a sua realização. Mudam os materiais, avançam-se pontos em tecnologia, plataformas de software e hardware evoluem, as condições de estaqueamento, de solo, inúmeras variáveis são únicas, referidas a posição geográfica, ao clima, até a época da instalação da unidade industrial. Dois projetos absolutamente idênticos não existem. Porque mesmo que fosse possível a fabricação dos equipamentos com as mesmas especificações as variações físicas, químicas, as mudanças introduzidas no processo de fabricação da matéria prima, ainda que aparentemente irrelevantes levam a mudanças de planos de soldagem, nos resultados de testes, nas avaliações. Os defeitos, os vícios, os erros, sempre ocorrem em todos os fornecimentos. Nenhum fabricante pode garantir a perfeita funcionalidade de todos os componentes que compõe uma máquina, apenas garantindo a perfeita funcionalidade do mesmo após a aplicação de processos de assistência técnica, após correções, após a validação das situações de montagem. Cada montagem pode impor um ônus à planta montada que varia desde aplicação inadequada de dispositivos secundários até a descalibração de instrumentos ou desalinhamento de equipamentos mecânicos em virtude do transporte.
Diversos equipamentos que irão compor uma futura unidade industrial são fabricados em diversas partes ao redor do globo e são despachadas por meio de transporte marítimo sofrendo a influencia das questões relacionadas a corrosão. Muitas vezes os materiais não sofreram aplicação imediata ficando armazenados em containers ou em pátios de estaleiros aguardando os tramites alfandegários, ou desembaraço para poderem ser enviados aos canteiros de montagem.
O profissional recém-formado não aplicará seus conhecimentos limitados num mundo idealizado, e nem enfrentará na maioria das vezes dificuldades que possam ser tratadas a luz daquilo que aprendeu. Porque as realidades técnicas se interconectam com as questões de logística, com as questões financeiras, com situações de fabricação inesperadas, com indefinições de projeto ou com o simples fato de haver um equipamento que não pode ser montado por falta de mão de obra especializada para tal.  Ou por falta de assistência técnica para tal. Os prazos estimados para realização de uma obra muitas vezes são fruto de análises parciais ou sobre bases irreais, fazendo com que a equipe trabalhe a partir de cronogramas realizados com engenharia reversa, onde se parte da data final até a data de inicio do projeto/obra para estimativa dos recursos necessários.
As obras não serão realizadas em algumas áreas por profissionais experientes pela simples razão que as mudanças na temática industrial e o fluxo de industrialização mundial caminham de modo imprevisível de mãos dadas a um plano econômico governamental que inviabiliza a manutenção de um contingente de técnicos/engenheiros capacitados/treinados e com a experiência necessária nas quantidades que a carteira de obras industriais de uma determinada região permitiria.
Transitam na obra o grupo recém-formado, os trainnes, pessoas deslocadas de suas funções por terem sido contratadas por terem trabalhado em obras similares ainda que em funções diferenciadas, ou simplesmente porque possuíam um período de obra que lhes concedesse tempo de experiência industrial no currículo.
Um prazo apertado para realização de uma tarefa complexa sendo exercida pela mão de profissionais inexperientes em ambos os lados, tanto dos que a executarão propriamente dita, como daqueles que a receberão para operar a unidade e também daqueles que fiscalizarão ou supervisionarão a sua real execução.
O portfólio de projetos trabalha com inúmeras variáveis que podem gerar as mais diversas crises possíveis de serem geridas. E diante de um quadro de complexidade que depende da maturação e tamanho de um determinado projeto faz-se necessário uma visão pedagógica que abrace essa zona-fantasma, essa realidade temporal complexa que ocorre de modo diferenciado de outros momentos justamente durante a logística de execução de uma obra industrial
È necessário ter em vista que uma abordagem dinâmica deve ser aplicada, uma pedagogia de guerra, uma visão em que os conteúdos que serão ministrados sejam efetivamente ministrados num curto período de tempo com aplicabilidade imediata e tremenda qualidade para aperfeiçoamento e provisão de recursos de capacitação profissional.
O mundo da obra é semelhante ao mundo do jogo proferido pelo filosofo escritor de “Lúdico”, ele terá uma jurisprudência e leis criadas a partir de regras contratuais únicas, com prazo de prescrição (prazo contratual), e totalmente dependentes dos regimes legais internacionais e regionais a eles atribuídos.
Seja no atendimento a legislação ambiental, ao universo jurídico das leis civis e criminais, ao atendimento das portarias das agencias reguladoras, das constituições estaduais, das normas reguladoras e portarias do ministério do trabalho e a normalização internacional.















O que é necessário conhecer e constitutivo para realização de uma obra industrial?
Quais são os saberes necessários, para perfeito desenvolvimento das competências e capacitações e da interdisciplinaridade?

Primeiro entender a essência da interdisciplinaridade. Ou mais que isso da interconexão entre os campos de saber distintos, que abraçam cada um diversas disciplinas. Acima da interdisciplinaridade existe a universalidade.

A fusão de vários conhecimentos geram em si uma saberes generalistas que agem como integradores.
As relações de uma obra geram perfis de profissionais não formados pelas faculdades. O mais próximo que teríamos em essência seriam dois grupos

Gerenciamento de Projetos
Gerencia de Qualidade.

Não existem faculdades especificas nessas áreas e mesmo que houve ainda restariam outras necessidades que integram

Questões de Logística complexa
Questões jurídicas
Questões de certificação, psicosociais, ambientais, técnicas e as disciplinas praticas ou ofícios.



O corpo gerencial deve agir de um modo unificado como se fosse um único individuo. A Integração desses processos é a saída, e o ensino integrado, a capacitação integrada, a solução.
Cada um deve aprender sobre seu universo e seus limites, levando em conta a temporalidade a inexperiência e ou experiência dois participes, onde o conhecimento migra, difunde-se, desdobra-se, perpetua-se. Deve haver uma fonte de informação gerivel, disponível, confiável, renovável. A visão do conhecimento integrado deve ponderar os recursos humanos, suas necessidades, sua supervisão, sua coordenação.

Da redação da Welington Corporation


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