Aplicação de Pedagogia para obras Industriais
A
obra industrial é uma situação temporária que possui um prazo definido para
acontecer, situação total ou parcialmente definida por um projeto que necessita
de diversos níveis de mão de obra qualificados reunindo pessoas de diversas
regiões do pais e as vezes fora dele.
As
pratica didática e a pratica tecnológica industrial diferem sensivelmente. As
praticas acadêmicas ou escolares, a formação seja técnica, gerencial serve como
base, Porém a verdadeira escola de aprendizado profissional é que denominamos
“campo” ou o exercício continuo da carreira ou atividade escolhida. A realidade
profissional dispõe de situações que não são factíveis de serem recriadas em
laboratórios ou praticadas nos locais de ensino/estudo porque envolvem
equipamentos que só podem ser custeados para suas finalidades industriais. Os
diversos simuladores por sua vez, modelos computacionais, virtuais ou
equipamentos ou plantas preparadas para isso possuem os limites de serem
sistemas isolados e não há como simular as interações existentes entre os
diversos processos complementares que vão além da capacitação no uso de uma
ferramenta ou de um equipamento ou mesmo da operação de uma planta industrial.
Há além da tecnologia empregada a interação de dezenas de equipes, algumas
delas multidisciplinares com geração de inúmeros documentos, relatórios de
inspeção, acompanhamento, auditoria, certificação, testes e qualidade que só
ocorrem na maioria dos casos durante a execução de uma obra industrial. Uma
ciência em movimento que acompanha a duração da execução da obra.
Os
saberes não estão limitados ao campo da engenharia adentrando nas áreas das
ciências sociais, administrativas, e na área nebulosa da experiência prática
dos executores. Uma vez alicerçada ou
definida uma determinada prática de engenharia, exemplo, montagem de trechos de
tubulação de grande diâmetro na vertical para equipamentos maiores que 40 metros de altura, será
justamente criado um tipo de profissional capacitado nessa determinada área que
é fruto da experiência adquirida, acumulando as práticas de segurança, os
acertos de cálculos e recursos de engenharia de
andaimes, solda, planos de içamento e tudo o mais que fez parte da dita
montagem. Além de serviços especialíssimos temos os saberes que são oriundos da
prática continua que geram capacidades ou habilidades que exigem um prazo
razoável de execução continua para serem bem realizados, como o caso de
realização de soldagem em determinadas posições, amarração de arrumação de multicabos
em painéis de rearranjo de instrumentação, emendas de fibra-ótica, montagem de
andaimes. Do serralheiro ao planejador temos a necessidade da experiência para
transformar a teoria limitada da sala de aula, do curso de formação, da
academia, da instituição de ensino, na prática de obra.
Cada
obra é uma história, possui características próprias, suas dificuldades
inerentes a sua realização. Mudam os materiais, avançam-se pontos em
tecnologia, plataformas de software e hardware evoluem, as condições de estaqueamento,
de solo, inúmeras variáveis são únicas, referidas a posição geográfica, ao
clima, até a época da instalação da unidade industrial. Dois projetos
absolutamente idênticos não existem. Porque mesmo que fosse possível a
fabricação dos equipamentos com as mesmas especificações as variações físicas,
químicas, as mudanças introduzidas no processo de fabricação da matéria prima,
ainda que aparentemente irrelevantes levam a mudanças de planos de soldagem,
nos resultados de testes, nas avaliações. Os defeitos, os vícios, os erros,
sempre ocorrem em todos os fornecimentos. Nenhum fabricante pode garantir a
perfeita funcionalidade de todos os componentes que compõe uma máquina, apenas
garantindo a perfeita funcionalidade do mesmo após a aplicação de processos de
assistência técnica, após correções, após a validação das situações de
montagem. Cada montagem pode impor um ônus à planta montada que varia desde
aplicação inadequada de dispositivos secundários até a descalibração de
instrumentos ou desalinhamento de equipamentos mecânicos em virtude do
transporte.
Diversos
equipamentos que irão compor uma futura unidade industrial são fabricados em
diversas partes ao redor do globo e são despachadas por meio de transporte marítimo
sofrendo a influencia das questões relacionadas a corrosão. Muitas vezes os
materiais não sofreram aplicação imediata ficando armazenados em containers ou
em pátios de estaleiros aguardando os tramites alfandegários, ou desembaraço
para poderem ser enviados aos canteiros de montagem.
O
profissional recém-formado não aplicará seus conhecimentos limitados num mundo
idealizado, e nem enfrentará na maioria das vezes dificuldades que possam ser
tratadas a luz daquilo que aprendeu. Porque as realidades técnicas se interconectam
com as questões de logística, com as questões financeiras, com situações de
fabricação inesperadas, com indefinições de projeto ou com o simples fato de
haver um equipamento que não pode ser montado por falta de mão de obra
especializada para tal. Ou por falta de assistência
técnica para tal. Os prazos estimados para realização de uma obra muitas vezes
são fruto de análises parciais ou sobre bases irreais, fazendo com que a equipe
trabalhe a partir de cronogramas realizados com engenharia reversa, onde se
parte da data final até a data de inicio do projeto/obra para estimativa dos
recursos necessários.
As
obras não serão realizadas em algumas áreas por profissionais experientes pela
simples razão que as mudanças na temática industrial e o fluxo de
industrialização mundial caminham de modo imprevisível de mãos dadas a um plano
econômico governamental que inviabiliza a manutenção de um contingente de
técnicos/engenheiros capacitados/treinados e com a experiência necessária nas
quantidades que a carteira de obras industriais de uma determinada região
permitiria.
Transitam
na obra o grupo recém-formado, os trainnes, pessoas deslocadas de suas funções
por terem sido contratadas por terem trabalhado em obras similares ainda que em
funções diferenciadas, ou simplesmente porque possuíam um período de obra que
lhes concedesse tempo de experiência industrial no currículo.
Um
prazo apertado para realização de uma tarefa complexa sendo exercida pela mão
de profissionais inexperientes em ambos os lados, tanto dos que a executarão
propriamente dita, como daqueles que a receberão para operar a unidade e também
daqueles que fiscalizarão ou supervisionarão a sua real execução.
O
portfólio de projetos trabalha com inúmeras variáveis que podem gerar as mais
diversas crises possíveis de serem geridas. E diante de um quadro de
complexidade que depende da maturação e tamanho de um determinado projeto
faz-se necessário uma visão pedagógica que abrace essa zona-fantasma, essa
realidade temporal complexa que ocorre de modo diferenciado de outros momentos
justamente durante a logística de execução de uma obra industrial
È
necessário ter em vista que uma abordagem dinâmica deve ser aplicada, uma
pedagogia de guerra, uma visão em que os conteúdos que serão ministrados sejam
efetivamente ministrados num curto período de tempo com aplicabilidade imediata
e tremenda qualidade para aperfeiçoamento e provisão de recursos de capacitação
profissional.
O
mundo da obra é semelhante ao mundo do jogo proferido pelo filosofo escritor de
“Lúdico”, ele terá uma jurisprudência e leis criadas a partir de regras
contratuais únicas, com prazo de prescrição (prazo contratual), e totalmente
dependentes dos regimes legais internacionais e regionais a eles atribuídos.
Seja
no atendimento a legislação ambiental, ao universo jurídico das leis civis e
criminais, ao atendimento das portarias das agencias reguladoras, das
constituições estaduais, das normas reguladoras e portarias do ministério do
trabalho e a normalização internacional.
O
que é necessário conhecer e constitutivo para realização de uma obra
industrial?
Quais
são os saberes necessários, para perfeito desenvolvimento das competências e
capacitações e da interdisciplinaridade?
Primeiro
entender a essência da interdisciplinaridade. Ou mais que isso da interconexão
entre os campos de saber distintos, que abraçam cada um diversas disciplinas.
Acima da interdisciplinaridade existe a universalidade.
A
fusão de vários conhecimentos geram em si uma saberes generalistas que agem
como integradores.
As
relações de uma obra geram perfis de profissionais não formados pelas
faculdades. O mais próximo que teríamos em essência seriam dois grupos
Gerenciamento
de Projetos
Gerencia
de Qualidade.
Não
existem faculdades especificas nessas áreas e mesmo que houve ainda restariam
outras necessidades que integram
Questões
de Logística complexa
Questões
jurídicas
Questões
de certificação, psicosociais, ambientais, técnicas e as disciplinas praticas
ou ofícios.
O
corpo gerencial deve agir de um modo unificado como se fosse um único individuo.
A Integração desses processos é a saída, e o ensino integrado, a capacitação
integrada, a solução.
Cada
um deve aprender sobre seu universo e seus limites, levando em conta a
temporalidade a inexperiência e ou experiência dois participes, onde o
conhecimento migra, difunde-se, desdobra-se, perpetua-se. Deve haver uma fonte
de informação gerivel, disponível, confiável, renovável. A visão do
conhecimento integrado deve ponderar os recursos humanos, suas necessidades,
sua supervisão, sua coordenação.
Da redação da Welington Corporation
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